quarta-feira, março 24, 2021

Cem idosos acamados ainda não receberam a segunda dose da CoronaVac em Natal; famílias temem atraso

A Secretaria de Saúde de Natal admitiu nesta terça-feira (23) que 100 idosos acamados de Natal ainda não receberam a segunda dose da vacina CoronaVac. Isso representa cerca de 3,7% do total de 2.666 que receberam a primeira dose no mês de fevereiro, segundo a pasta.


Doses de CoronaVac — Foto: Rafael Menezes/Sesab


A vacinação para os acamados é feita em casa por uma equipe de vacinadores e começou no dia 10 de fevereiro, sendo um dos grupos prioritários.


Nesta semana, algumas famílias desses idosos demonstraram preocupação, já que o período indicado pelo fabricante da vacina para a aplicação da segunda dose, que é de até 28 dias, já passou.


Esse é um dos medos da família de Dona Adélia, de 83 anos, que recebeu em casa a primeira dose no dia 16 de fevereiro, aplicada por uma equipe de vacinadores. A segunda dose está atrasada há uma semana. "O meu medo é que ela perca a validade e não faça mais o efeito desejado", declarou a filha Eucésia Oliveira.


A secretaria de saúde de Natal havia prometido vaciná-la nesta terça-feira (23), o que não aconteceu. A data foi remarcada para esta quarta-feira (24).


O sistema RN+ Vacina apontava nesta terça-feira que 1.345 idosos acamados haviam recebido a primeira dose da vacina em Natal e que outros 458 haviam recebido a segunda dose, números menores do que os apresentados pela secretaria municipal de Natal. A pasta explicou, no entanto, que a diferença se deu porque nem todos os dados ainda foram inseridos na plataforma.


A preocupação das famílias é reforçada pela opinião dos especialistas, que alertam que nesses casos de atraso, o reforço da imunização deve ser aplicado o quanto antes.


"Nos estudos que foram feitos com a CoronaVac, o tempo ótimo de imunização, que eles observaram foi de 28 dias. Eles não observaram tempo além desses 28 dias. Então a gente não garante que depois disso vai ter uma resposta efetiva. A gente acredita que sim, mas como não há estudos, o que a gente orienta é que se faça essa imunização o quanto antes, que não se postergue, pra que se garanta o reforço da vacinação", disse a imunologista Janeusa Souto.


Fonte: G1

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