quarta-feira, agosto 26, 2020

Frente de Prefeitos avalia 6 meses do primeiro caso de coronavírus no Brasil: 'Faltou união'

No dia em que o Brasil completou seis meses do primeiro caso confirmado e chegou a 116 mil mortes por coronavírus, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) avaliou que "faltou união", principalmente do governo federal, no enfrentamento da pandemia.


O prefeito de Campinas, Jonas Donizette — Foto: Fernanda Sunega / PMC
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette — Foto: Fernanda Sunega / PMC


Prefeito de Campinas (SP) e presidente da FNP, Jonas Donizette (PSB) defendeu que os prefeitos passaram por situações e tomadas de decisões difíceis nesses seis meses, e que conturbações do governo federal, com duas trocas de ministros da Saúde, atrapalharam.


"Num primeiro momento, faltou ao Brasil união. Eu conversei com alguns prefeitos em Portugal, e eles falaram muito sobre união para enfrentar a pandemia", disse Jonas.

Como não houve essa "unidade", o presidente da FNP avalia que muitos prefeitos "foram valentes em suas atitudes", ainda sob o risco de acusações e possíveis erros.


"Alguns gestores municipais tiveram de escolher pagar alguns reais [para compras de equipamentos e suprimentos] a mais e salvar vidas. Não devemos fazer julgamentos precipitados, já que estavam tentando fazer o melhor, acertar", justificou.


Divisão de recursos

Ainda sobre o governo federal, Jonas ponderou que o atual ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, "teve uma postura de apoiar os municípios", mas criticou o que chamou de desequilíbrio na divisão de verbas para o enfrentamento da Covid-19 entre as cidades.



"Cidades com até 20 mil habitantes foram reembolsados com até 110, 120% da receita que teriam, enquanto cidades maiores, com mais de 1 milhão de habitantes, esse valor não chegou a 60%. Isso passa por critérios políticos", disse.


O prefeito de Campinas também citou o governador João Doria ao avaliar os seis meses da pandemia, que teve o primeiro caso confirmado em São Paulo.


"O João Doria teve no início [da pandemia] uma postura mais centralizadora, mas depois abriu, criou o Conselho Municipalista", destacou.


Fonte: G1

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