terça-feira, julho 14, 2020

Exoneração de coordenadora do Inpe não tem relação com alertas sobre desmatamento, diz ministro

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou nesta terça-feira (14) que a exoneração de Lubia Vinhas do cargo de coordenadora-geral de Observação da Terra não tem relação com os alertas sobre desmatamento na Amazônia.

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia — Foto: TV TEM/Reprodução
Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia — Foto: TV TEM/Reprodução

Marcos Pontes deu a declaração ao conceder uma entrevista coletiva sobre a "nova estrutura" do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao ministério.

O departamento até então chefiado por Lubia Vinhas, que integra a estrutura do Inpe, é responsável pelo monitoramento da devastação da Amazônia. A exoneração dela foi publicada três dias após o Inpe ter informado que a Amazônia registrou novo recorde nos alertas de desmatamento em junho.

"Ela não foi demitida. Só que aconteceu no momento desses alertas. O pessoal achou que tinha uma coisa a ver com a outra. Não tem. Ela não foi demitida, continua no time. Nós ampliamos as funções do Inpe, ela vai assumir uma delas. Então, é isso, talvez eu devesse ter olhado com mais cuidado, deixar mais para frente. Eu não prestei a atenção nesse item. Esse mal-entendido com relação a Lubia está esclarecido", declarou Pontes nesta terça.

Nova função
Na avaliação do ministro, a exoneração de Lubia Vinhas "chamou a atenção por causa do momento", mas foi motivada pela "reestruturação" do órgão.

De acordo com o diretor interino do Inpe, Darcton Damião, Lubia Vinhas assumirá a "base de informações georreferenciadas", área que, segundo ele, "é um projeto estratégico".

Nesta segunda (13), ela afirmou à TV Globo que não sabia o motivo da exoneração, acrescentando que ficou sabendo da mudança pelo "Diário Oficial da União".

Carta sobre 'estrutura paralela'
Presente à mesma entrevista de Marcos Pontes, o diretor interino do Inpe, Darcton Damião, foi questionado sobre a carta na qual servidores do instituto afirmaram que há uma "estrutura paralela" criada no órgão para beneficiá-lo no processo de escolha do diretor definitivo.

"A 'estrutura paralela' é uma visão superficial. [...] Em fevereiro, quando ela estava delineada, veio a escolha dos nomes. Quando foi feita a escolha, as pessoas foram indicadas. Mas elas não podem assumir porque ainda não existe a estrutura, de fato. Se você olhar os documentos, todos são pelas cadeiras anteriores. O que existe é que toda semana me reúno com os gestores das novas cadeiras para planejar e não improvisar quando a estrutura estiver aprovada", respondeu.

"Tudo isso é discutido com essa 'estrutura paralela'. Mas não é paralela porque serão as pessoas que serão gestores. O que existe é uma discussão da estrutura futura", acrescentou.

Fonte: G1

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