terça-feira, julho 14, 2020

Grandes bancos dos EUA esperam mais problemas com coronavírus

Grandes bancos dos EUA esperam mais problemas com coronavírus Por ...Três dos maiores bancos dos Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (14) provisões de US$ 28 bilhões para lidar com inadimplência, sinalizando que grande parte dos problemas econômicos gerados pelas medidas de quarentena contra o coronavírus ainda estão por vir.

Empresas recorreram a trilhões de dólares em crédito governamental e de bancos e parte deste suporte está acabando e as instituições financeiras temem um salto na inadimplência.

JPMorgan e Citigroup Inc divulgaram cada um grandes quedas de lucro do segundo trimestre, enquanto o Wells Fargo publicou o primeiro prejuízo trimestral desde 2008.

Bancos com grandes negócios em Wall Street conseguiram minimizar as perdas com crédito com grandes ganhos de receita no mercado de capitais. A queda nos resultados deveu-se praticamente às provisões para inadimplência.

Programas de assistência governamental sem precedentes criaram uma desconexão entre os mercados financeiros e a economia de tal forma que a situação da economia parece favorável, mas o cenário poderá mudar rapidamente se os programas de ajuda forem retirados.

A taxa de desemprego nos EUA atingiu 11,1% em junho e o PIB caiu 5% durante o primeiro trimestre. O JPMorgan está assumindo que o desemprego no país continuará em dois dígitos até a primeira metade de 2021, e o Citigroup espera que o PIB caia em mais de 35% antes da recuperação, disseram executivos dos dois bancos.

A maior preocupação dos bancos está sobre cartões de crédito, que tendem a ter risco maior por não terem qualquer garantia atrelada em caso de calote.

Até agora, não houve choque uma vez que o gasto caiu por conta das quarentenas e dos pacotes de estímulo.

O Citigroup, um dos maiores emissores de cartões do mundo, afirmou que a inadimplência e calotes caíram no segundo trimestre.

Enquanto isso, o Wells Fargo, que não tem uma grande operação de banco de investimento e teve um prejuízo de 2,4 bilhões de dólares, bem acima do esperado, espera que a situação piore.

"Nossa visão sobre a longevidade e gravidade da crise econômica se deteriorou consideravelmente", disse o presidente-executivo da instituição, Charlie Scharf.

Fonte: G1

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