quarta-feira, janeiro 29, 2020

Codern discute protocolos preventivos ao coronavírus nos portos do RN

A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) realizou uma reunião nesta quarta-feira (29) para discutir protocolos preventivos ao novo Coronavírus nos portos do estado. De acordo com a Companhia, o objetivo do encontro foi reforçar as medidas de preparação, orientação e controle para possíveis atendimentos de casos suspeitos.

Codern discute protocolos preventivos ao Coronavírus nos portos do RN — Foto: Divulgação/Codern
Codern discute protocolos preventivos ao Coronavírus nos portos do RN — Foto: Divulgação/Codern

A Codern é responsável pela administração do Porto de Natal e Terminal Salineiro de Areia Branca. Além do diretor-presidente da Companhia, participaram da reunião os representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), da Polícia Federal, da Capitania dos Portos e do Hospital Naval de Natal.

Segundo o que informou a Codern, os procedimentos adotados no estado potiguar seguem as recomendações do Ministério da Saúde, da Anvisa e da Sesap.

Codern reforçou os procedimentos que devem ser adotados nos portos do Rio Grande do Norte — Foto: Canindé Soares
Codern reforçou os procedimentos que devem ser adotados nos portos do Rio Grande do Norte — Foto: Canindé Soares

O novo vírus é apontado como uma variação da família coronavírus. Os primeiros coronavírus foram identificados em meados da década de 1960, de acordo com o Ministério da Saúde.

A variação que está infectando diversas pessoas na China e em outros países é conhecida tecnicamente como 2019-nCoV. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus.

Outras variações mais antigas de coronavírus, como SARS-CoV e MERS-CoV, são conhecidas pelos cientistas. Estas variações foram transmitidas entre gatos e humanos e entre dromedários e humanos, respectivamente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes.

Casos suspeitos no Brasil
O Ministério da Saúde brasileiro afirmou nesta terça-feira (28) que investiga os três primeiros casos de suspeita de coronavírus no Brasil. Um deles envolve uma estudante de 22 anos de Minas Gerais que esteve em Wuhan e apresenta sintomas compatíveis com os provocados pelo novo vírus.

Os outros dois casos suspeitos, em Porto Alegre e em Curitiba, também se enquadram nos critérios epidemiológicos (os pacientes estiveram na região onde o vírus é transmitido de pessoa para pessoa ou tiveram contato com pessoas suspeitas ou confirmadas de terem o vírus nos últimos 14 dias) e clínicos (apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório), estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificação de possíveis infecções.

Coronavírus: oficial com máscara protetora verifica temperatura de passageiro em um pedágio entre Xianning e Wuhan, na China, em meio às restrições de circulação de pessoas, que tenta frear a expansão da doença. — Foto: Martin Pollard/Reuters.
Coronavírus: oficial com máscara protetora verifica temperatura de passageiro em um pedágio entre Xianning e Wuhan, na China, em meio às restrições de circulação de pessoas, que tenta frear a expansão da doença. — Foto: Martin Pollard/Reuters.

Segundo o ministério, desde o início do surto houve "mais de 7 mil rumores" no Brasil de pacientes que teriam o vírus, informou a pasta. Se houver alguma confirmação, será o primeiro caso do novo coronavírus tanto no Brasil quanto na América do Sul.

Um potiguar que mora em Wuhan relatou ao G1 como está a sua rotina após o surto da doença.

'Perigo iminente'
O Ministério da Saúde elevou a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que significa "perigo iminente" - até segunda-feira (27) o país estava em nível 1 de alerta. A mudança de patamar faz parte de um protocolo envolvendo a escala, que vai de 1 a 3 - o nível mais elevado só é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.

Nivel 1- alerta
Nível 2 - perigo iminente
Nível 3 - emergência em saúde publica
O Ministério diz ter recebido, desde o início do surto de coronavírus na China, "mais de 7 mil rumores" de infecção, segundo Mandetta. Desse total, 127 exigiram verificação do órgão e apenas um se confirmou como suspeita.

O ministro da Saúde afirmou que o governo federal "está preparado" para detectar o vírus. "Não é um sistema que está sendo preparado agora. Temos o plano de contingência e o que vamos fazer é atualizar."

Mandetta destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar como "elevado" o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus - antes, considerado "moderado". Segundo o ministro, com o novo status, o Brasil amplia o monitoramento dos casos. Ele explica que antes, o governo monitorava pessoas que passaram pela província de Wuhan, onde estão concentrados os casos na China.

"Agora, nós vamos [considerar suspeitas] em toda a China, não importa em qual província. E vale de hoje para frente. Muito provavelmente, vai haver uma sensação de que estamos aumentando os casos suspeitos" - ministro da Saúde

Casos de coronavírus pelo mundo - 29/01 9H — Foto: Juliane Monteiro/ G1
Casos de coronavírus pelo mundo - 29/01 9H — Foto: Juliane Monteiro/ G1

Estatísticas
Nesta quarta-feira (29), as autoridades de saúde anunciaram mais 26 mortes, o que eleva o balanço do coronavírus a 132 vítimas fatais, e 5.974 casos confirmados na China continental (sem contar Hong Kong, Macau e Taiwan).

A cifra já supera o número de infecções da epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) de 2002 e 2003, outro coronavírus que contaminou 5.327 pessoas no país. A Sars deixou 774 mortos no mundo, 349 deles na China continental.

Além da China, outros países nos quatro continentes já registraram casos confirmados de infecção por coronavírus. A epidemia já atingiu mais de 6 mil pessoas e deixou mais de 130 mortos.

fonte: G1

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