domingo, outubro 13, 2019

'Diário de Escola': Escola do Jardim Ângela cria grupo de teatro de alunos e reduz casos de bullying

No Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, a Escola Estadual Luís Magalhães de Araújo investiu na discussão sobre o bullying e em uma cultura de paz para diminuir os casos. A escola tem 1;600 alunos no ensino médio, todos na faixa entre 15 e 17 anos – uma etapa da vida que pode ser bem difícil. Para eles, a escola é um refúgio.

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Secretaria de Educação de SP registra mais de 1,6 mil casos de bullying na rede pública

A Secretaria Estadual de Educação registrou entre julho de 2018 a julho de 2019 1.679 casos de bullyng nas escolas da rede pública. Depois da cidade de São Paulo aparece um grande volume de casos em Mauá, Suzano e Carapicuíba.

Em São Paulo foram 290 casos. A Diretoria de Ensino Leste registrou a maior parte: 107 casos, segundo dados obtidos com base na Lei de Acesso à Informação. Depois vieram as diretorias Sul, Centro e Norte..

A série Diário de Escola apresenta projetos que estão promovendo mudanças positivas em escolas públicas de São Paulo. Ideias para aprimorar o ensino de matemática, aumentar a participação da comunidade escolar na gestão das instituições, combater a evasão e a violência escolares, são alguns exemplos.

O aluno Bruno Santos, de 17 anos, revelou ao SP1 o que já passou: “Algumas vezes era um grupo de pessoas que reuniam pra me bater, outros me zoavam pelo meu jeito, por eu usar óculos. Isso me deixou bem pra baixo por muito tempo e praticamente o meu ensino fundamental inteiro foi baseado nisso".

Ravignan Henrique, de 17 anos, diz que o bullying piorou depois que o pai dele morreu. “Criança sem pai com a mãe empregada, feio, esquisito, com mais conhecimento do que os outros da sala, essa criança sofre e sofre muito”.

Alunos fazem teatro para combater bullying em escola do Jardim Ângela — Foto: TV Globo/Reprodução
Alunos fazem teatro para combater bullying em escola do Jardim Ângela — Foto: TV Globo/Reprodução

Clara Luna de 16 anos, diz que tem dificuldades para falar do que viveu. “Eu era sozinha e eu não tinha ninguém para conversar. Então as pessoas me chamavam de monstro por eu ser sozinha.”

A escola criou um grupo de teatro. A ideia foi da professora Risolândia Dantas Guerra, mediadora de conflitos. “A ideia surgiu a partir do momento que eu percebi muitos problemas e conflitos, problemas de bullying dentro da escola. Aí eu comecei com o projeto pra promoção de uma cultura de paz dentro da escola e os alunos do teatro são disseminadores desse projeto.”


O diretor da escola, Israel Ferreira da Silva, diz que depois do teatro os casos de bullying praticamente desapareceram. “Este ano na escola nós não tivemos nenhum caso de furto. olha que coisa interessante. alunos encontram celulares que foram esquecidos na sala de aula e vem devolver.Você cria na escola um espírito de solidariedade e companheirismo.”

Fonte: G1

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