domingo, agosto 04, 2019

Hospital abre sindicância para apurar caso de bebê que morreu por falta de transporte médico no RN

Resultado de imagem para sindicanciaO Hospital Municipal Monsenhor Pedro Moura, em Nova Cruz, Região Agreste do Rio Grande do Norte, abriu uma sindicância para apurar o caso do bebê que morreu por falta de transporte médico na unidade no dia 29 de julho. O servidor envolvido no caso, segundo a nota do hospital, foi "afastado temporariamente de suas funções, até conclusão do referido procedimento".

Nesta sexta-feira (2), a Polícia Civil prendeu um motorista de ambulância de 33 anos na cidade. Segundo a Polícia Civil, ele teria se recusado a fazer o transporte da gestante que necessitava de um atendimento de urgência para o nascimento do bebê, que morreu. O servidor vai ser indiciado por homicídio.

Em relação à possível omissão do servidor, o Hospital Monsenhor Pedro Moura reforçou, em nota, que essas informações são "objeto de apuração na seara criminal, onde, após devida conclusão, ensejará ou não o reconhecimento de qualquer responsabilidade em face do citado servidor".

A unidade de saúde apontou ainda na nota que "no que tange a disponibilidade da equipe médica e operacional deste hospital no referido dia, estas se encontravam em plena atuação e disponibilizadas a efetiva execução do serviço público, inclusive os veículos (ambulâncias) estavam na unidade hospitalar".

O hospital também disse que deu suporte com assistente social e psicólogo à família do bebê e que vai "contribuir de forma efetiva com o total esclarecimento dos fatos, inclusive as investigações, no que for pertinente".

O caso
Um motorista de ambulância de 33 anos foi preso na manhã desta sexta-feira (2) na cidade de Nova Cruz. Segundo a Polícia Civil, o servidor será indiciado por homicídio, já que ele teria se negado a fazer o transporte de uma gestante que necessitava de um atendimento de emergência. Com a demora, o quadro se agravou e o bebê acabou morrendo durante o parto, fato ocorrido no dia 29 de julho no hospital da cidade. A operação que cumpriu o mandado de prisão temporária foi batizada de ‘Respeito à Vida’.


“O motorista da ambulância se negou a realizar a transferência de emergência da gestante para o Hospital de São José de Mipibu, apesar da enfermeira e do médico plantonista alertarem da necessitada da imediata remoção da mulher, que precisava receber um atendimento especializado de um médico ginecologista e neonatalogista”, afirmou a assessoria de comunicação da Polícia Civil.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motorista alegou que não poderia realizar a viagem, pois passaria do horário do seu turno de trabalho. “No entanto, ainda faltavam aproximadamente 2 horas para o término do seu expediente. Em decorrência de tal negativa, sem opção, o médico foi obrigado a conduzir a paciente à sala de cirurgia. Porém, o quadro clínico se agravou e o parto acabou sendo realizado em Nova Cruz e o bebê não resistiu”, acrescentou.

Fonte: G1

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