quinta-feira, agosto 23, 2018

Dívidas ainda são realidade na vida dos brasileiros


Conforme vem sendo percebido, o Brasil ainda não conseguiu se recuperar da última crise econômica. Para o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a expectativa é de recuperação do nível do PIB (Produto Interno Bruto) apenas em 2020

Esta situação vem desencadeando um aumento de pessoas inadimplentes. De acordo com o Serviço Proteção ao Crédito (SPC), até o mês de julho a quantidade de pessoas com dívidas chegou em aproximadamente 63,4 milhões.

As dívidas ainda estão fazendo parte da realidade de muitos brasileiros. E como muitos estão buscando soluções rápidas, acabam ficando ainda mais enrolados com as despesas.

O empréstimo tem sido uma alternativa para as pessoas quitarem suas contas em atraso. No entanto, esta situação tem aumentado ainda mais o problema financeiro de muitos brasileiros, por não conseguirem honrar com as prestações mensais.

De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 23% dos brasileiros fizeram algum tipo de empréstimo nos últimos 12 meses, enquanto 12% buscaram por crédito pessoal em bancos e 7% em financeiras

A maioria das pessoas utilizou o dinheiro do empréstimo para pagamento de dívidas, e até mesmo para quitar o valor de outros empréstimos. Porém, alguns utilizaram o dinheiro para reforma da casa, pagamento de contas básicas, compra de mantimentos e para a compra ou troca de carro

Independentemente de como surgiu a dívida, é interessante que a pessoa não tome qualquer decisão precipitada para saná-la. Antes de mais nada, é preciso conhecer a sua real renda e o valor das suas despesas mensais. Pode parecer estranho, mas muitas pessoas não sabem o quanto, de fato, recebem e o quanto realmente gastam por mês.

Com esses dados em mãos, será possível avaliar quais gastos podem ser diminuídos, ou até mesmo cortados. E, a partir daí, fica mais fácil verificar a quantidade de dinheiro que está disponível todo mês para a quitação das dívidas.

Este conhecimento das rendas e despesas pode ser o primeiro passo para o processo de aprendizagem sobre educação financeira. As pessoas que têm um bom controle financeiro, acabam se preocupando menos com as contas do mês, e ainda podem programar uma viagem com a família, por exemplo.

Assim que conseguir quitar as contas atrasadas, é interessante começar a
construir uma reserva de dinheiro. Este reserva permite se manter sem a renda principal por um curto período de tempo.
Não existe uma definição exata para este intervalo, o interessante é que esta renda consiga quitar todas as despesas por alguns meses. Desta forma, tem-se tempo hábito para encontrar um novo emprego sem se preocupar com dívidas se acumulando, por exemplo.

Uma dica para conseguir manter a disciplina de reservar um percentual do salário todos os meses, é realizar a transferência do valor estipulado para um lugar diferente da conta que é utilizada para os gastos do dia a dia

Apesar dos juros da poupança não apresentarem bons resultados, muitas pessoas escolhem transferir o dinheiro para esta conta devido à sua facilidade e segurança.

A poupança pode ajudar de início quem está aprendendo a poupar e controlar as finanças, mas é preciso entender que manter este dinheiro parado significa perda de oportunidades.

Assim que tiver uma boa quantia de dinheiro economizada, o mais indicado é aplicar o capital em investimentos que, de fato, vão ajudar a potencializar os rendimentos. Uma boa ideia para dar um passo além da poupança é conhecer outros investimentos, como os de renda fixa, que são tão quanto a caderneta e mais rentáveis.

O ideal é não deixar que o medo e o comodismo atrapalhem os sonhos e objetivos financeiros. Para isso, o conhecimento de outras possibilidades para o dinheiro render de verdade com o passar do tempo, pode contribuir para o investidor ficar ainda mais perto dos seus sonhos.

Fonte: Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!