sábado, junho 16, 2018

Após 34 notificações, polícia não confirma agulhadas no São João de Campina Grande

Polícia Civil e Secretaria de Saúde explicaram andamento da investigação durante coletiva (Foto: Gustavo Xavier/TV Paraíba)
Polícia Civil e Secretaria de Saúde explicaram andamento da investigação durante coletiva (Foto: Gustavo Xavier/TV Paraíba)

Apesar dos 34 casos de pacientes que relatam que foram feridos por agulhas durante o São João 2018, notificados pelo Hospital de Trauma de Campina Grande até esta sexta-feira (15), a Polícia Civil e a Secretaria de Saúde do município afirmam que não há como confirmar se as vítimas foram realmente feridas por agulhas. Os casos estão sendo investigados desde a última segunda-feira (11).

Segundo a Polícia Civil, das 34 pessoas que procuraram atendimento médico, 16 já foram ouvidas na delegacia, até a tarde desta sexta-feira. Mas, de acordo com o delegado seccional da Polícia Civil em Campina Grande, Henry Fábio, apenas duas delas relataram que viram um objeto semelhante a agulha após sentir o ferimento. Dessas duas pessoas, apenas uma se mostrou disposta a dar andamento ao processo, caso o suspeito seja identificado.

O delegado Henry Fábio, que está à frente da investigação, disse que existem casos em que as pessoas sentem uma pequena “picada” e, por medo de ser uma seringa contaminada, procuram o Hospital de Trauma, mesmo sem ter certeza do que aconteceu.

Ele também destacou que alguns relatos não chegam nem a ser de um furo por agulha, mas sim pequenos arranhões que, segundo ele, podem ocorrer de outra forma no meio do público no Parque do Povo. A maioria dos casos relatados ocorrem na área do palco principal.

“Das pessoas que ouvimos, apenas duas disseram que sentiram a dor e em seguida viram algo parecido com agulha, mas não identificaram os agressores. Há casos em que as pessoas foram pro Parque do Povo e dias depois viram algum tipo de ferimento no corpo e, por medo, foram ao hospital, mesmo sem ter a certeza do que havia acontecido”, destaca Henry Fábio.

Outra dificuldade apontada na investigação do caso é que, segundo a Secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, mesmo que o atendimento médico seja imediato, não é possível comprovar que o ferimento foi uma perfuração de agulha.


“O furo de uma agulha é muito pequeno, então pode ser confundido com uma picada de inseto, por exemplo”, disse Luzia Pinto.
A secretária também destacou que em um dos casos, em que o paciente precisou levar pontos no ferimento, ela acredita que pode ter sido um objeto maior, como um espeto, tendo em vista que a agulha não seria suficiente para causar aquele tipo de ferimento.

O delegado Henry Fábio também disse que muitas vítimas que estão procurando o Hospital de Trauma de Campina Grande não estão procurando a Polícia Civil para prestar queixa e que, mesmo quando são intimadas a prestar depoimento, não querem.

Câmeras
A Polícia Civil também já informou que está com acesso às imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo. O delegado disse que já começou a periciar um dos dois casos em que as pessoas relatam que viram objeto semelhante a agulha após sentir o ferimento, mas que ainda não identificou nenhum suspeito.

“Como esses dois casos estão mais concretos, nós começamos a analisar. Inclusive fomos ao local com a vítima para mostrar onde estava e o horário em que o ferimento ocorreu. Os investigadores não conseguiram identificar ninguém. Vamos chamar a vítima novamente para tentar identificar o momento em que a agressão acontece e buscar o suspeito”, disse o delegado.

Secretária afirma que paciente pode ter sido ferido com espeto (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Secretária afirma que paciente pode ter sido ferido com espeto (Foto: Reprodução/TV Paraíba)

Fonte: G1

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