sexta-feira, maio 04, 2018

Polícia apura relação de estupro e morte em Ibitinga com prefeito afastado de Bariri e pede exame de DNA

Polícia Civil de Ibitinga pediu a coleta de material biológico do prefeito afastado de Bariri (Foto: TV TEM/Reprodução)
Polícia Civil de Ibitinga pediu a coleta de material biológico do prefeito afastado de Bariri (Foto: TV TEM/Reprodução)

A Polícia Civil de Ibitinga (SP) encaminhou nesta quinta-feira (3) à Justiça um pedido de coleta de material biológico do prefeito interino afastado de Bariri, Paulo Henrique de Araújo, de 34 anos, que está preso na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, suspeito de estuprar uma menina de 8 anos em Bauru.

O pedido faz parte das investigações do caso da menina Giovana Maria de Oliveira Ribeiro que morreu após ser estuprada e agredida em março deste ano em Ibitinga.

Exames realizados no material biológico encontrado nas roupas da menina e em uma bexiga que estava no local do crime identificaram a presença de dois DNA masculinos.

Mas, nenhum dos dois pertencia ao principal suspeito do crime até então. O vizinho de Giovana estava preso desde o dia seguinte do crime e deixou a cadeia na última sexta-feira após os resultados dos exames.

A polícia então passou a trabalhar para identificar outros suspeitos e diante da prisão de Paulo Henrique pelo crime de estupro de vulnerável e da investigação do envolvimento dele em outros dois casos de assédio contra crianças em cidades da região, o responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher de Ibitinga solicitou o exame à Justiça para comparar os materiais biológicos.

Caso Giovana
Giovana Maria de Oliveira Ribeiro foi encontrada bastante machucada e com os shorts abaixado na tarde do dia 4 de março em um dos cômodos de uma casa em construção.

O estupro foi confirmado pela Santa Casa de Ibitinga, para onde a menina foi levada primeiramente.

Giovana foi encontrada bastante machucada e com os shorts abaixado  (Foto: Reprodução/TV TEM)
Giovana foi encontrada bastante machucada e com os shorts abaixado (Foto: Reprodução/TV TEM)

Por conta da gravidade do caso, Giovana foi encaminhada para a UTI de um hospital em Araraquara, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã do dia 5 de março.

O suspeito, que teve a prisão temporária decretada no mesmo dia que Giovana morreu, era vizinho da vítima e pai de uma amiga com quem ela brincava antes do crime. Foi ele quem encontrou a menina e avisou a mãe, dizendo que ela tinha sido atropelada.

Na época, a polícia afirmou que o homem, de 40 anos, apresentou versões contraditórias do fato. De acordo com as investigações, o suspeito disse para testemunhas que passava pelo local por acaso e viu a menina caída dentro da casa.

Para a polícia, ele disse que procurava a filha no imóvel. Além disso, o suspeito confirmou que usou apenas uma roupa durante todo o dia, que foi entregue aos policiais, mas foi comprovado que ele trocou de roupa após o almoço.

No entanto, após os resultados dos exames de DNA, a Justiça expediu o alvará de soltura do suspeito por falta de provas materiais.

Criança foi encontrada nos fundos de casa em construção em Ibitinga (Foto: Cesar Evaristo / TV TEM )
Criança foi encontrada nos fundos de casa em construção em Ibitinga (Foto: Cesar Evaristo / TV TEM )

Indiciado por estupro
O prefeito interino afastado de Bariri (SP) está preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável consumado pela Polícia Civil, que concluiu o inquérito no dia 26 de abril.

O caso foi encaminhado para o Tribunal de Justiça de São Paulo, pelo fato do Paulo Henrique ter foro privilegiado. O G1 tentou contato com o advogado de defesa do suspeito, mas não conseguiu localizá-lo.

A menina passou por exames na Unidade Pronto-atendimento no dia 21 de abril e, segundo a irmã passou por todos os procedimentos médicos no caso de estupro. No entanto, o laudo que vai comprovar se houve conjunção carnal deve sair até o dia 20 de maio.

Além do caso de estupro em Bauru, o prefeito afastado também é investigado em outros dois casos de assédio contra crianças, registrados em Bariri e Itapuí. Por causa da suspeita em Bariri, a polícia apreendeu computadores na casa do prefeito afastado e também na Câmara.

Fonte: G1

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