quinta-feira, março 22, 2018

RN é o estado com a maior taxa de crimes violentos de 2017

Ano passado, 2.246 pessoas foram vítimas de crimes violentos no estado (Foto: Ney Douglas)
Ano passado, 2.246 pessoas foram vítimas de crimes violentos no estado (Foto: Ney Douglas)

Com uma taxa de 64 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, o Rio Grande do Norte foi o estado brasileiro mais violento de 2017 quando considerado o tamanho da população. O levantamento foi realizado em todo o país pelo G1 – por meio do Monitor da Violência – que usou dados oficiais repassados diretamente pelas secretarias de segurança pública de cada estado ou por meio da Lei de Acesso à Informação.

A projeção populacional do IBGE para o RN em 2017 foi de aproximadamente 3,5 milhões de habitantes.

No RN, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), 2.246 pessoas foram vítimas de crimes violentos no ano passado, sendo: 1.862 homicídios, 83 latrocínios e 301 casos de lesões corporais que resultaram em morte.

Fora essas três situações, também foram registrados ano passado 139 casos de 'Ação Típica de Estado', que é quando o indivíduo morre em razão de alguma ação de segurança pública, como a troca de tiros com policiais, por exemplo.

O segundo estado mais violento em 2017, ainda de acordo com o levantamento do G1, foi o Acre, com total de 530 mortes registradas e taxa de 63,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

O terceiro é Pernambuco, com 5.427 mortes em 21017, o que representa taxa de 57,3 mortes por cada grupo de 100 mil pessoas.

Outros dados
O Rio Grande do Norte apresentou um crescimento de 72,9% nos casos de latrocínio (roubo seguido de morte) quando comparados os últimos dois anos. O número de latrocínios no estado pulou de 48 (em 2016) para 83 (em 2017).

O estado também teve a pior taxa de lesão corporal seguida de morte do país. Em 2017, foram 301 casos, e em 2016, tinham sido 118 – o que dá um crescimento de 155% em apenas um ano.

Em termos de crescimento, o RN foi o 5º com maior evolução na taxa de mortes violentas.

Micaela Ferreira foi feita como refém por bandido e acabou sendo baleada na cabeça. (Foto: Reprodução / Instagram)
Micaela Ferreira foi feita como refém por bandido e acabou sendo baleada na cabeça. (Foto: Reprodução / Instagram)

Símbolo
Um dos casos de violência mais emblemáticos de 2017 foi o da cabeleireira Micaela Ferreira Avelino, de 26 anos, dona de uma barbearia no shopping Ayrton Senna, no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal. A jovem morreu ao levar um tiro na cabeça durante um confronto entre seguranças de uma empresa de transporte de valores e assaltantes que tentaram roubar o carro-forte que foi reabastecer os caixas eletrônicos do shopping.

Mica, como era mais conhecida, havia mudado o salão para o shopping fazia menos de um mês, já em razão de um assalto sofrido onde funcionava seu antigo negócio. Em uma rede social, a jovem chegou a reclamar da falta de segurança da cidade.

“A gente ainda está aguardando a justiça ser feita”, conta Sibele Ferreira, mãe de Micaela, em recente entrevista ao G1.

“A violência está cada dia pior. Natal não tem mais segurança. Hoje a gente é refém. Nós que vivemos dentro de casa e a bandidagem solta. O poder público não faz nada”, desabafou.

Fonte: G1

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