terça-feira, março 27, 2018

Com dedicação, estratégia e falha do goleiro, Brasil faz 1 a 0 no mistão da Alemanha

Gabriel Jesus voltando para marcar. Paulinho dando carrinho na área. Willian na lateral... Para confrontar uma ideia de jogo tão consolidada a ponto de ser praticada com naturalidade por um time quase B, o Brasil de Tite sabia que precisaria de concentração, dedicação e eficiência. Os dois primeiros itens foram cumpridos com louvor. O terceiro contou com a ajuda de Trapp, que espalmou para dentro a cabeçada de Gabriel Jesus: 1 a 0 sobre a Alemanha, em Berlim. Resultado que fortalece, sim, a caminhada da equipe rumo a Copa do Mundo de daqui a 81 dias. E também limpa a mente do reencontro pós-7x1. Agora já aconteceu. A Seleção se dispôs a fazer um jogo diferente do que está habitada com essa comissão, de mais transpiração do que inspiração – apesar de ótimos momentos –, e mostrou uma versatilidade que poderá ser importante na luta pelo hexa.


PRIMEIRO TEMPO
O Brasil passou 10 minutos assustado, até descobrir que os alemães também eram capazes de errar. Coutinho aproveitou vacilo e invadiu a área, driblou, mas o passe foi ruim. As falhas defensivas da Alemanha se repetiram, até que, na pior delas, Trapp se enrolou todo em cabeçada de Gabriel Jesus. A tecnologia sobre a linha apontou o gol. Um alívio para o centroavante brasileiro, que havia perdido chance clara pouco antes. A Seleção, ao contrário dos anfitriões, errou pouquíssimo uma marca da equipe de Tite.


SEGUNDO TEMPO
Roubar bolas no campo de ataque já havia se mostrado um caminho interessante para a Seleção. Dessa forma, ela quase fez dois belos gols. Primeiro num corta-luz de Coutinho para Willian, e depois num passe de Gabriel Jesus para Coutinho. As finalizações não foram precisas. Joachim Löw começou a mexer para fechar a lista da Copa, e o ritmo da partida caiu. Paulinho e Fernandinho ficaram mais próximos de Casemiro na marcação, e o espaço que os alemães tinham para tabelar, sumiu. Do outro lado, a Alemanha se descompactou. Löw colocou Werner e a equipe toda no ataque a 10 minutos, mas o Brasil se segurou diante de um arsenal de escanteios.


PRÓXIMOS JOGOS
O Brasil ainda tem dois amistosos antes de estrear na Copa do Mundo: dia 3 de junho, diante da Croácia, provavelmente em Liverpool, e dia 10, contra a Áustria, em Viena. Esses jogos já terão os 23 convocados para o Mundial. A lista será anunciada em meados de maio.


PÚBLICO
72.717 pessoas assistiram ao clássico no estádio Olímpico, em Berlim.


REMANESCENTES
Todos os seis de 2014 foram titulares em Berlim: Marcelo e Fernandinho, únicos que também começaram jogando no Mineirão, além de Daniel Alves, Thiago Silva, Paulinho e Willian.


ITE X LÖW E O FIM DA INVENCIBILIDADE ALEMÃ
Enquanto o brasileiro completou apenas seu 19º jogo à frente da Seleção, o campeão mundial chegou a 160. A vitória, a 15ª de Tite pelo Brasil, acabou com a invencibilidade de 22 jogos da Alemanha. O rival estava a um jogo de igualar a sua maior sequência sem derrotas.


ARTILHEIRO
Gabriel Jesus abriu vantagem na artilharia da era Tite: agora tem nove gols, contra sete de Neymar e Paulinho. A Seleção venceu todos os jogos em que o atacante deixou a sua marca.


GARÇOM
O cruzamento perfeito para Gabriel Jesus foi a quinta assistência de Willian com Tite, e a 12ª do meia-atacante do Chelsea pela Seleção desde o fim da Copa-2014.


5 A 1 PARA A ALEMANHA
O número de substituições deixou claro o intuito de cada técnico. Löw colocou Wagner, Werner, Brandt, Stindl e Süle. A prioridade era tirar conclusões finais antes de fechar a lista da Copa. Tite, por sua vez, colocou apenas Douglas Costa. O treinador queria muito ganhar e fortalecer a Seleção antes do torneio, além de tentar atenuar, num país que supervaloriza o resultado, o desastre de 2014.


Fonte: Globo Esporte

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