terça-feira, março 20, 2018

Bombardeio em Guta Oriental mata crianças, diz ONG

Menino caminha nesta segunda-feira (19) em meio a escombros após bombardeio à vidade de Duma, em Guta Oriental (Foto: HAMZA AL-AJWEH / AFP)Pelo menos 15 crianças e duas mulheres morreram em um bombardeio nesta segunda-feira (19) sobre a região de Guta Oriental, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), de acordo com a agência France Presse.

As vítimas haviam se refugiado no porão de uma escola em Arbin, uma cidade que é reduto dos rebeldes que lutam contra as forças de Bashar al-Assad e que vem sendo submetido a intensos bombardeios há um mês.

"Três mísseis atingiram a escola, onde o porão era utilizado como refúgio", disse Rami Abdel Rahman, que dirige a ONG. "Os socorristas seguem a procura de sobreviventes", disse à AFP.

A ONG suspeita que os bombardeios desta segunda-feira foram realizados pela Rússia, que apoia as forças do regime de Bashar al-Assad. Moscou admite ajudar o governo sírio a "acabar" com os rebeldes em Guta, mas nega bombardeios aéreos contra civis.

A ofensiva militar do governo sírio contra a região de Guta Oriental começou em 18 de fevereiro e, até agora, recuperou mais de 80% da região, que foi dividida em três zonas. Mais de 1.000 pessoas morreram em três semanas de ofensiva.

Assad ostenta conquistas em vídeo

Nesta segunda, o presidente al-Assad ostentou avanços do governo na guerra civil em um vídeo no qual aparece dirigindo para encontrar soldados perto de Damasco. Assad gravou o trajeto do centro da cidade até áreas recentemente recapturadas na região de Guta Oriental.

O vídeo, divulgado durante a noite após uma viagem no domingo (18), mostra Assad de óculos escuros no volante de seu carro Honda, falando sobre a crescente força do governo à medida que cenários pacíficos davam lugar a áreas afetadas pela batalha.

"A estrada está aberta...tudo está funcionando agora na cidade e na Síria", disse no vídeo, descrevendo uma estrada que, anteriormente, havia sido bloqueada por disparos de franco-atiradores, acrescentando que agora é mais fácil se deslocar pelo país.

Em todo o país, a guerra civil, que completou 7 anos na última quinta (15), deixou 500 mil mortos, segundo o recente balanço do OSDH.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!