sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Trump divulga documento que questiona investigação sobre Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, liberou a divulgação de um documento que questiona a correção da investigação sobre a influência russa nas eleições americanas.

O suspense começou nesta segunda-feira (29), quando deputados republicanos decidiram tornar público, um documento que acusa o FBI e o Departamento de Justiça de abuso de poder na investigação sobre a influência russa no processo eleitoral americano. Mas para isso, os republicanos precisavam do aval do presidente.

Na terça-feira (30), na saída do discurso sobre o Estado da União, Trump foi flagrado dizendo que ia divulgar o memorando com certeza.

O documento foi preparado por um dos maiores aliados de Trump no Congresso, o líder do Comitê de Inteligência da Câmara, Devin Nunes. A oposição democrata acusa os republicanos de terem colocado no memorando só as informações que interessavam ao Governo. E dizem que, ainda por cima, o memorando foi alterado sem autorização antes de ser enviado para avaliação da Casa Branca. Os republicanos afirmam que fizeram apenas pequenas correções no texto.

Nesta quinta-feira (1º) a Casa Branca informou que Trump leu o memorando e liberou a divulgação. O que deve acontecer na sexta-feira (2).

A imprensa americana diz que integrantes do governo temem que o diretor do FBI peça demissão.

Christopher Wray, o diretor do FBI, foi à Casa Branca no começo da semana para pedir que o memorando não fosse divulgado. Mas não recebeu nenhuma garantia. Ele também soltou um comunicado dizendo que a omissão de fatos compromete a veracidade do documento. O FBI e o Departamento de Justiça sempre tiveram independência para trabalhar, mas o Trump não poupa críticas a esses setores do próprio governo dele.

O presidente da Câmara dos Deputados disse que o memorando não vai interferir na investigação comandada por Robert Mueller, que tenta descobrir se integrantes da campanha de Trump colaboraram com os russos. E, também, se Trump tentou obstruir a Justiça.

Mas a imprensa americana diz que o presidente vê, sim, o memorando como uma prova de que a investigação é partidária e, portanto, não deve ser levada a sério.

Fonte: G1

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