quarta-feira, outubro 18, 2017

Mudam as regras para quem atrasar prestação do financiamento de imóvel

Quem estiver planejando comprar um imóvel financiado precisa ficar mais atento do que nunca. As regras para quem não paga as prestações estão mais duras.
O sonho era casar e se mudar para um apartamento novo, de primeira linha, mas Maria Luisa e Frederico acharam melhor acionar o plano B: vão financiar um imóvel reformado, mais em conta, com menos chance de tirar o sono do casal.
“Tem que ter condição de pagar e a gente, como autônomo, tem que saber até onde a gente pode ir. A gente tem que contar com as adversidades e se a gente não conseguir pagar o banco vai tomar nossa casa e a gente ainda vai ficar devendo”, disse a advogada Maria Luísa Barbosa.
Tem muita gente com o pé atrás, por causa de uma alteração na legislação que trata de financiamento imobiliário. É uma novidade que aumenta a garantia para os bancos no caso do mutuário que pegou dinheiro emprestado não dar conta de pagar.
Pelo que está valendo agora, em caso de inadimplência, o banco pode tomar a moradia financiada e mandar o imóvel para leilão. Se ele for arrematado por um valor menor que o saldo devedor, a diferença fica por conta de quem fez o financiamento. Antes, o leilão quitava o contrato automaticamente.
“Agora não. Além de perder o imóvel, caso o banco venha a fazer um leilão do mesmo e não consiga quitar o débito caberá ao mutuário que perdeu o imóvel pagar o restante da dívida, ou seja, além de perder o imóvel, ele ainda será executado e poderá vir a perder a sua loja, um veículo, um lote, enfim, a dívida irá ser cobrada do mutuário e ainda negativando o nome dele no mercado”, explicou o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB de Minas Gerais, Kênio Pereira.
Esse risco Marcela não quer assumir. Achou melhor gastar o dinheiro que pagaria numa prestação com um aluguel: “Acho que é um risco bem grande principalmente quando você tem, sim, outros bens em jogo, que você está lutando para fazê-los crescer e tudo mais, então agora a gente vai ver como que vai fazer, porque vai ter que ser juntando as moedinhas mesmo”.

Fonte: Jornal Nacional

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