Com quase 40 mortes de macacos por febre amarela, moradores de Jundiaí recusam vacina

Após a confirmação da morte de 39 macacos por febre amarela, Jundiaí (SP) é considerada área de risco para transmissão da doença, que ainda não foi diagnosticada em humanos.

Entretanto, a prefeitura intensificou a vacinação em vários bairros e, apesar de ser a única maneira de se proteger da doença, moradores têm recusado receber a vacina.

Agentes de saúde visitam a região do bairro Caxambu, na área rural, para vacinar moradores de casa em casa. Segundo a técnica de enfermagem Thaís Braz Ribeiro, a iniciativa visa facilitar a imunização.

"Muitos não conseguem ir por causa de trabalho, a distância, então a gente traz a vacina para as pessoas."

A TV TEM acompanhou o trabalho de uma equipe e flagrou o momento em que uma moradora atendeu uma enfermeira e disse que não queria ser vacinada.

Segundo Thaís, a recusa representa risco a toda a população. "É um problema sério tanto para os que não tomam e para os outros. Eles correm o risco de se infectarem com a doença e de trazer para as pessoas que estão saudáveis", afirma.

Febre amarela (Foto: G1 )

Enquanto alguns moradores preferem não receber a vacina, outros aprovaram o mutirão de casa em casa. "Eu estava preocupada porque ainda não tinha tomado, mas para mim foi de grande valia", disse a dona de casa Elenir Fernandes Amadi.

Horário estendido

De acordo com a prefeitura, mais de 126 mil moradores tomaram a vacina, número que representa cerca de um terço da população, índice abaixo do esperado. A meta da Secretaria da Saúde é vacinar 96% dos moradores.

Para facilitar a imunização, a prefeitura montou um posto avançado no Parque da Uva, que funciona das 9h às 15h, e das 17h às 20h, até sexta-feira (20).

No sábado (21) haverá mutirão das 9h às 16h nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Hortolândia, Novo Horizonte, Vila Rami e Caxambu. Além disso, desde abril a prefeitura faz a vacinação "casa a casa" em áreas de risco.

Fonte: G1