Muito mais que um gol. Muito mais que um belo chute. O golaço de Lucas Marques do meio da rua – com boa contribuição do goleiro João Carlos – ditou novos rumos para Chapecoense e Ponte Preta no Brasileirão. A vitória neste domingo, na Arena Condá, pela 25ª rodada, deixou o Verdão em situação razoavelmente tranquila na luta contra o rebaixamento, na parte de cima da tabela, enquanto a Macaca vê a corda apertar no pescoço e termina a rodada na zona de rebaixamento.
COMO FICOU?
A vitória dá um alívio grande para Chape, que pula temporariamente para nona posição na tabela, com 31 pontos. No próximo sábado, o compromisso é contra o Vasco, às 16h (de Brasilia), em São Januário com portões fechados. Já a Ponte entra definitivamente no Z-4, em 18º, com 28 pontos, e recebe o Flamengo, segunda-feira, dia 2 de outubro, às 20h, no Moisés Lucarelli.
PONTARIA AFIADA
Herói do domingo, Lucas Marques mostrou que segue com a mira em dia. Foi o terceiro gol do volante, que herdou a vaga do lesionado Canteros, todos de fora da área. Também a Arena Condá, ele já tinha marcado no empate com o Atlético-PR, então também dirigido por Eduardo Baptista, e na vitória sobre o São Paulo.
FIM DA SECA
Foram quase dois meses de espera, mas o torcedor da Chape finalmente pôde voltar a comemorar uma vitória na Arena Condá. O último triunfo tinha acontecido em 25 de julho, diante do Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana. Com 31 pontos, o Verdão precisa de mais 18 para se livrar matematicamente do rebaixamento, justamente o número de pontos a ser disputado em Chapecó. Basta fazer o dever de casa.
VAI DAR TRABALHO
Na estreia de Eduardo Baptista, a Ponte mostrou os mesmos erros dos tempos de Gilson Kleina (dificuldade de criação, espaços na defesa) e completou quatro rodadas sem uma vitória sequer na Série A. Tudo isso atrapalha os planos da equipe, que briga para não ser rebaixada no Campeonato Brasileiro. O time precisa de mais cinco ou seis vitórias nas 13 rodadas que faltam para escapar.
PRIMEIRO TEMPO
Muita correria, muita falação e um golaço. E que golaço. Pode ter sido pela tensão do jogo, pelo calor do domingo em Chapecó ou simplesmente pela falta de qualidade técnica, mas Chapecoense e Ponte Preta apresentaram raríssimos momentos de boa futebol nos 45 minutos iniciais. Uma cabeçada torta de Wellington Paulista daqui, outro chute sem perigo de Lucca de lá, ditavam o ritmo de um primeiro tempo passava arrastado para as equipes que lutam palmo a palmo para fugir do rebaixamento. Em casa, o Verdão até tinha espaço, mas criava pouco. Reinaldo deu a dica: o caminho era arriscar de fora da área. Tentou uma, duas, e inspirou Lucas Marques, que, aos 42, acertou um chutaço da intermediária para fazer 1 a 0.
SEGUNDO TEMPO
Com a corda cada vez mais apertada no pescoço, a Ponte se mandou para o ataque no segundo tempo. A Chape, por sua vez, se mostrou organizada e mais perigosa. Se o adversário adiantava as linhas e apelava para bolas esticadas para Leo Gamalho, Wellington Paulista e Penilla obrigaram o goleiro João Carlos a se redimir pelo vacilo no gol da Chape. No fim, a Macaca seguiu com posse de bola improdutiva, e o Verdão levou três pontos de muito alívio na tabela.
Fonte: Globo Esporte
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