quinta-feira, setembro 21, 2017

Diretoria do Flamengo alertou polícia sobre fraude na venda de ingressos no Rio

As investigações que levaram à desarticulação, nesta quinta-feira (21) de uma quadrilha especializada em fraudes na compra e venda de ingressos de eventos esportivos e culturais tiveram início a partir de uma reclamação feita pela diretoria do Flamengo.
De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que apurou o caso juntamente com o Juizado Especial do Torcedor, o clube rubro-negro constatou prejuízo financeiro com a venda de ingressos para os jogos e, por isso, desconfiou da existência de fraude.
Na operação deflagrada nesta manhã, batizada de Jogo Sujo, foram presos no Rio Fabiano Fonseca Baiense, Marcos Renan da Silva e Hugo Luiz Ribeiro. Os três atuavam, segundo a polícia, como cambistas. O quarto preso é Jonatas Santiago, de 19 anos. Ele seria o responsável por cometer as fraudes pela internet junto com um adolescente de 16 anos, de São Paulo.
O menor confessou o crime e explicou para a polícia paulista como fazia para ganhar dinheiro com ingressos falsos. O golpe começava com a compra de dados de cartões de crédito com hackers. Com eles, o grupo adquiria ingressos pela internet para eventos culturais e esportivos, principalmente jogos do Flamengo.
Numa segunda etapa, os dados dos ingressos eram adulterados com documentos falsos, usando os nomes e fotos dos próprios cambistas, com diferentes identidades. Assim, eles conseguiam retirar os ingressos nas bilheterias, vendiam na entrada dos eventos e ficavam com o dinheiro.
Segundo a polícia, o grupo chegou a aplicar o golpe em ingressos do Rock in Rio. No entanto, ainda não se sabe o volume de ingressos do festival que foram alvo da quadrilha.
Em seis meses, a polícia identificou e monitorou os computadores de onde eram feitas as compras até chegar aos responsáveis. O prejuízo estimado do Flamengo é de R$ 1 milhão. Mas os investigadores dizem que o esquema girou um volume muito maior que ainda precisa ser levantado. Foram cerca de 6 mil tentativas de compras de ingressos também para cinema e shows, a maioria bem sucedidas.

Os quatro presos no Rio vão responder por estelionato, associação criminosa e falsificação de documentos. O adolescente de São Paulo vai responder em liberdade por crime análogo a estelionato e associação criminosa.
O Flamengo divulgou uma nota na página do clube na internet na qual agradece a ação da polícia em desarticular a quadrilha e diz que está reforçando os controles de segurança na venda dos ingressos.

Fonte: G1

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