segunda-feira, julho 10, 2017

Inquéritos da delação da Odebrecht têm sigilos decretados no RN


Os inquéritos originados da delação da Odebrecht ganharam sigilo no Rio Grande do Norte e outros estados do Brasil, contrariando decisão do ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.

Os sigilos foram decretados por procuradores e juízes de nove estados. Não há ilegalidade nas decisões, conforme defende a Associação Nacional dos Procuradores da República. O levantamento é do jornal O Estado de S.Paulo.

No Rio Grande do Norte, três inquéritos foram abertos na Justiça Federal do RN. Mas originalmente, o relator do Lava Jato no STF, Edson Fachin, determinou o envio de um procedimento específico para a JFRN contra a ex-governadora Wilma de Faria.

O inquérito foi extinto em razão da morte da ex-governadora. Os sigilos decretados nos procedimentos impedem detalhar em que fase estão as investigações abertas.

Até a publicação desta matéria, a reportagem ainda não tinha conseguido repercutir o assunto com as assessoria do Ministério Público Federal.

A Justiça Federal do RN comunicou que deverá fazer levantamento interno para colaborar com as informações que puderem ser disponibilizadas.

Provas

Outra reportagem, dessa vez da Folha de S.Paulo, informa que que tem sido difícil para os investigadores comprovar os relatos feitos pelos delatores à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Pela leitura dos andamentos dos inquéritos, que são públicos no STF, é possível verificar que a maior dificuldade tem sido de buscar provas sobre os pagamentos realizados.

Mais de 40 pessoas foram à PF prestar depoimento. Uma série de pesquisas foi solicitada, como a evolução patrimonial dos investigados, acesso e destino de pessoas no Congresso e prestações de contas em eleições.

Todos os políticos ouvidos negaram as acusações. Oito ministros, 39 deputados e 24 senadores foram delatados.

No Rio Grande do Norte, foram implicados na delação da Odebrecht o governador Robinson Faria, a ex-governadora Rosalba Ciarlini, os deputados federais Felipe Maia, Fábio Faria e Walter Alves e os senadores José Agripino e Garibaldi Filho.

Fonte: Portal no Ar

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