segunda-feira, junho 12, 2017

Defesa de Ricardo Motta descarta delação premiada


A defesa do deputado afastado Ricardo Motta informou nesta segunda-feira que não há porque falar em delação premiada, conforme foi ventilado no fim de semana.

“Nosso escritório é conhecido por defender sem recorrer ao instrumento da delação. Não sei de onde saiu essa informação, mas não procede a intenção de delatar do deputado Ricardo Motta”, informou o advogado Thiago Cortez.

Ricardo Motta foi afastado de suas funções por 180 dias na semana passada. Ao Tribunal de Justiça, a defesa do parlamentar recorreu contra a decisão monocrática do relator do caso, o desembargador Glauber Rêgo.

Foi o afastamento que gerou a especulação de que Motta estaria disposto a contribuir com as investigações. A defesa pedirá ao plenário que a decisão de Glauber Rêgo seja revista.

Vazamento

Na sexta-feira, após o portalnoar.com antecipar que o desembargador Glauber Rego determinou apuração sobre o Ministério Público para apurar o vazamento de informações, o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, convocou coletivo para informar que vai aos órgãos de controle superiores pedir apuração sobre o Judiciário.

Nesta segunda (12), a reportagem obteve a íntegra da petição que levou o magistrado a considerar como suspeito o Ministério Público, o que o fez excluir o TJRN na apuração prelimiinar que Glauber havia determinado.

Em mensagem interna grupos de Whatsapp, o procurador-geral informou que havia apresentado duas denúncias contra o deputado. Na data da mensagem, contudo, apenas uma já era pública.

O rito legal prevê que a apresentação de uma denúncia encerra o sigilo de uma apuração.

Na sexta, ao se defender, o PGJ lembrou que foi ele quem pediu a investigação, explorando que seria ilógico, portanto, ele mesmo vazar informações para o investigado.
Para a defesa de Ricardo Motta é tudo lógico.

“No momento em que tomamos ciência dos números que foram repassados ao deputado Ricardo Motta, vimos que se referiam a processos em sigilo e pedimos vistas sem saber nem do que se tratava”, explicou Thiago Cortez.

As medidas tomadas pela defesa, argumenta Cortez, levaram o PGJ pode alegar que houve vazamento que dificultou o andamento processual, reforçando ao TJRN seu argumento de que o deputado deveria ser afastado para evitar obstrução à Justiça.

Fonte: Portal no Ar

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