quarta-feira, junho 07, 2017

Advogado diz que Jobson se confundiu com limite estabelecido pela Justiça

Jobson é ex-jogador do Botafogo e está afastado do futebol (Foto: Reprodução/GloboNews)

O advogado de Jobson, ex-jogador do Botafogo, disse nesta terça-feira (6) que o cliente foi preso porque se confundiu com o limite territorial da comarca de Colméia (TO). Isso porque ele responde a um processo criminal por estupro de vulnerável e não poderia deixar a comarca. Jobson foi preso em junho de 2016 e ganhou liberdade após pagar fiança, mas também deveria cumprir algumas medidas como não manter contato com as vítimas ou frequentar bares e boates.
"Ele se confundiu com o limite estabelecido. O Jobson estava voltando de Marianópolis após ser convidado para uma festividade na cidade. Ele achava que o município fazia parte da comarca de Colméia, e não se atentou para isso. O problema foi esse", explicou o advogado Paulo Ricardo Rott Brazeiro.
O ex-jogador voltou à prisão após uma determinação judicial nesta segunda-feira (5) por descumprir pelo menos duas medidas: não sair da comarca sem autorização da Justiça e não permanecer em casa entre as 19h e 6h. Ele está detido na cadeia Pública de Colméia, a 206 km de Palmas
"Mas o Jobson vem fazendo tudo certo, se apresentando à Justiça uma vez ao mês, treinando, inclusive, para manter a forma física, pensando já na volta aos gramados em 2018. Na semana que vem vamos entrar com uma reconsideração sobre o caso", disse o advogado.
O descumprimento das decisões foi conhecido pela Justiça após um acidente que aconteceu na TO-080, entre Marianópolis e Divinópolis, na região oeste do Tocantins. O acidente deixou uma pessoa morta e outras quatro feridas, incluindo o atleta. O capotamento aconteceu fora da comarca de Colméia.

Acidente aconteceu na TO-080 entre Divinópolis e Marianópolis do Tocantins (Foto: PM/Divulgação)
Acidente aconteceu na TO-080 entre Divinópolis e Marianópolis do Tocantins (Foto: PM/Divulgação)

Entenda
Jobson é suspeito de estuprar quatro adolescentes. O processo foi instaurado no Pará em 2016, mas enviado para o Tocantins. A Justiça paraense alegou que não poderia julgar o caso já que a chácara onde ocorreram os crimes mais graves está localizada em Couto de Magalhães, município tocantinense.
A decisão judicial que concedeu a liberdade provisória estabelecia que o ex-jogador teria que cumprir algumas medidas cautelares, como o pagamento de uma fiança de 25 salários mínimos, não beber e usar quaisquer drogas, nem frequentar bares ou boates; não se ausentar da comarca onde mora sem autorização do juiz e comunicação do local onde possa ser encontrado; estar em casa entre as 19h e às 6h e nos domingos e feriados integralmente.
Ele deveria também atender aos chamados judiciais quando fosse intimado e estava proibido de manter contato com qualquer uma das vítimas. Se alguma das condições fosse descumprida, Jobson voltaria a prisão.
Há a suspeita também que ele tenha descumprido a medida que proibia uso de bebidas ou quaisquer drogas. Essa última só será verificada após a conclusão do inquérito policial que investiga o acidente registrado na última sexta-feira (2).
Depois da batida, ele foi levado para um hospital, onde recebeu os primeiros socorros no setor de acolhimento. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, ele evadiu do local sem ser avaliado por um médico.

Fonte: G1

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