quarta-feira, maio 24, 2017

Presidente do CPL vê ameaça ao estado de direito em divulgação de grampo de jornalista


Sem a garantia do sigilo da fonte, não teremos estado democrático de direito. A avaliação, do presidente do Centro de Estudos Políticos Liberais (CPL), o advogado Fernando Pinto, resume o episódio que colocou a Lava Jato no centro da discussão sobre a legalidade dos procedimentos adotados em sua investigação.

“Há uma quebra de sigilo que não deveria ter sido anexada no processo. Por mais suja e criminosa que seja sua fonte, nada justifica a exposição”, defendeu o presidente do CPL.

Reinaldo Azevedo teve conversas com Andrea Neves, presa na Operaçao Patmos e irmã do senador afastado Aécio Neves, divulgadas pelo STF. A Procuradoria Geral da República nega que tenha sido ela que incluiu o áudio no conjunto de interceptações cujo sigilo foi derrubado.

“Essa violação é típica de estado ditatorial. Mesmo se soubesse de um crime, o jornalista não é obrigado a divulgar os fatos. Isso vai de seu pensamento moralidade. E, nesse caso, sequer há indícios de crime”, defendeu Pinto.

Legalmente, o advogado aponta que o primeiro caminho que o jornalista deve tomar é pedir a desanexação do conteúdo de suas conversas nos autos que investiga os fatos que sacudiram o governo Temer e resultaram no afastamento de Aécio Neves.

Fonte: Portal no Ar

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