quarta-feira, maio 24, 2017

Heroica, Chape vira sobre o Zulia no fim e ainda aguarda recurso por Liberta


Que dia para o torcedor da Chapecoense! Que dia! Apreensão, frustração, pressão, alívio e festa. A terça-feira que começou com a notícia da perda dos pontos da vitória sobre o Lanús, em decisão da Conmebol, terminou com êxtase. Até os 45 minutos do segundo tempo, a equipe era eliminada da Libertadores e da Sul-Americana, mas Arthur Caike e Andrei Girotto nos acréscimos garantiram a vitória por 2 a 1 sobre o Zulia, pela última rodada do Grupo 7. A chance do bicampeonato está garantida, mas o Verdão quer mais. Se recuperar os pontos no Tribunal de Apelação estará nas oitavas de final da Libertadores.

PRIMEIRO TEMPO
Chuva, frio, eliminação precoce por decisão da Conmebol. Fatores não faltavam para o clima de desânimo na Arena Condá, e o público apenas razoável era reflexo disso. Em campo, a Chape parece ter deixado se levar pela atmosfera e precisou de 10 minutos até se mandar para o ataque em busca da vaga na Sul-Americana. O caminho era claro: pela direita com Rossi e Apodi. E assim o time criou uma, duas, três chances em cruzamentos contra o ferrolho do Zulia. Para os venezuelanos, o empate bastava e a cera se fez presente desde o início. Mas como tudo pode piorar, a Chape saiu atrás na primeira investida dos visitantes. Aos 30, Arango escorou cruzamento da direita. A neblina que passou a cair forte deu contornos ainda mais dramáticos a um primeiro tempo tão ruim quanto a tarde de terça para os catarinenses.

SEGUNDO TEMPO
Sem opção, a Chape se mandou para o tudo ou nada na volta do intervalo. Tulio de Melo entrou na vaga de Luiz Antonio, mas a exposição fez o Zulia logo assustar. Grolli evitou gol de Arango. A partir daí, só deu Chape. Wellington Paulista acertou a trave, Arthur teve finalização afastada em cima da linha, Rossi chutou com perigo. Nada da hola entrar. A impaciência passou a tomar conta. A blitz, porém, era a única opção. Principalmente após Bello ser expulso, aos 25. Foi pressão de tudo quanto é jeito. Grolli na trave. Nenén na trave. Até que tanto empenho foi recompensado. Arthur aproveitou sobra de escanteio e empatou aos 45. Na saída de bola, Rossi recebeu em velocidade e cruzou para Girotto escorar: 2 a 1. No campo, deu Chape. Agora, é no tribunal.

COMO FICOU?
A virada levou a Chapecoense aos sete pontos, na terceira colocação da chave. O Lanús, que venceu o Nacional em Montevideu, foi a 13 e terminou em primeiro, seguido dos uruguaios, com oito. O Zulia, com cinco, volta para casa de mãos vazias. Caso recupere os pontos no Tribunal de Apelação, a Chape pula para segundo, eliminando o Nacional. Agora, porém, as atenções estão voltadas para o Brasileirão: segunda, às 20h (de Brasília), tem clássico com o Avaí na Arena Condá.

NO TRIBUNAL
A Chapecoense promete protocolar já nesta quarta-feira o recurso no Tribunal de Apelações da Conmebol. Os juízes que tomarão a decisão são diferentes dos que tiraram os pontos do Comitê Disciplinar. O clube terá uma semana para apresentar sua defesa novamente e aguardar o parecer definitivo. Sabe-se que a decisão sairá antes do dia 7 de junho, quando acontecerá, no Paraguai, o sorteio das oitavas de final da Sul-Americana e da Libertadores.

INSISTÊNCIA PREMIADA
A vitória veio nos minutos finais, mas a Chapecoense fez por onde durante todo jogo. Foram incontáveis jogadas pela direita, quatro bolas na trave e substituições ofensivas até os gols. De quebra, a virada relâmpago castigou um Zulia que retardou a partida desde o início, ainda com o 0 a 0 que lhe bastava.

Fonte: Globo Esporte

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