quarta-feira, maio 24, 2017

Assessor de Temer preso por suspeita de corrupção é exonerado


O assessor do presidente Michel Temer, o ex-vice-governador do Distrito Federal (DF) Tadeu Filippelli foi exonerado do cargo que ocupava no Palácio do Planalto, informou na terça-feira (23) a assessoria da Presidência. A demissão foi publicada na edição desta quarta (24) do “Diário Oficial da União”.
Filippelli foi preso na terça pela Polícia Federal (PF) na Operação Panatenaico, que investiga um suposto esquema de corrupção que desviou dinheiro da obra de reconstrução do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
A Operação Panatenaico também prendeu nesta terça os ex-governadores do DF Agnelo Queiroz - titular da chapa que Filippelli integrava - e José Roberto Arruda. Eles são suspeitos de comandar desvios de recursos públicos da construção da arena de Brasília.
O ex-vice-governador do DF atuava até terça no 3º andar do Palácio do Planalto, mesmo pavimento do gabinete de Temer. Ele era assessor especial da Presidência desde setembro do ano passado. A remuneração de Filippelli na função era de R$ 12.445,7.
Fillipelli foi preso com base nas delações premiadas dos executivos da Andrade Gutierrez no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo os delatores, ele teria sido um dos beneficiados pelo esquema de corrupção que agiu na reforma do estádio Mané Garrincha.
A arena foi construída para a Copa do Mundo de 2014. Orçada inicialmente em R$ 600 milhões, a obra acabou custando R$ 1,7 bilhão. Segundo os investigadores, o superfaturamento nas obras pode ter chegado a R$ 900 milhões.
Bloqueio de bens
Além de expedir os mandados de prisão, a Justiça do DF determinou o bloqueio de até R$ 26 milhões de Arruda, Agnelo e Tadeu Filippelli.
Para Arruda e Agnelo, o bloqueio de bens é de até 10 milhões, cada um. De Filippelli, foi determinado o bloqueio de até R$ 6 milhões.
Além de Arruda, Agnelo e Filipelli, outras sete pessoas tiveram o pedido de bloquear bens, feito pelo Ministério Público Federal (MPF), atendido pelo Judiciário. O montante total das dez pessoas chega a R$ 50 milhões.
A construtora Via Engenharia, que participou de todo o processo licitatório no consórcio com a Andrade Gutierrez, também foi alvo de bloqueio de bens. Por determinação da 10ª Vara Federal de Brasília, o valor é de até R$ 100 milhões.

Fonte: G1

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