sexta-feira, abril 28, 2017

Medo e alívio: Palmeiras é recebido por centenas de torcedores no retorno da Batalha de Montevidéu

Medo e alívio: Palmeiras é recebido por centenas de torcedores no retorno da Batalha de Montevidéu

Após vitória heróica e batalha campal no Uruguai, o Palmeiras está de volta ao Brasil. O Verdão desembarcou em São Paulo na tarde desta quinta após derrotar o Peñarol por 3 a 2, na última quarta, pela fase de grupos da Libertadores. Centenas de palmeirenses acompanharam a chegada dos jogadores com gritos de apoio ao elenco, principalmente a Felipe Melo.
Em meio à festa e muito barulho dos torcedores, funcionários do Verdão relataram os momentos de medo na briga que ocorreu após o final da partida. A delegação do Palmeiras ficou acuada dentro do gramado, já que os portões que dão acesso aos vestiários foram fechados.
Autor de dois gols na vitória contra o Peñarol, Willian desembarcou com marcas no rosto decorrentes da briga com jogadores e funcionários do clube uruguaio. O atacante comentou sobre a briga:
– Tomei uns dois socos. A gente fica muito triste. O Palmeiras foi com o objetivo de fazer grande partida, sabendo que poderia acontecer isso aí. Enquanto eles batiam, respondemos com bom futebol. É a primeira vez que passo por isso. É lamentável. Eles estavam premeditados para isso, fecharam o portão, pouca segurança. Eles queriam que a gente ficasse ali, expostos. Eles já estavam com a intenção de brigar. Mas o Palmeiras foi inteligente, a diretoria levou os seguranças – contou William.
– Estamos todos bem. Ele (Felipe Melo) depois pediu desculpa. Não era a intenção do Felipe. Ele tem uma personalidade forte, mas não age com violência. Ele não quis ofender – completou o atacante, sobre a declaração de Felipe Melo de que daria "tapa na cara de uruguaio".
Fernando Prass, que também teve ferimentos leves, deu sobre sua visão sobre a briga.
– Eles foram pra cima do Felipe Melo. O zagueiro segurou o Melo pelo pescoço. Nosso time correu pra separar. O Melo saiu correndo e fiquei no meio de cinco jogadores do Peñarol, tomei chutes, socos. Torcedores invadiram o campo e agrediram o Egídio, repórteres também agrediram os jogadores. Se fosse isolado, poderíamos creditar à declaração do Felipe Melo. Mas teve confusão deles em jogos contra o Flamengo, Grêmio, Santos. O Felipe Melo não estava nesses jogos – disse o goleiro.
– Eles, sabendo que estão praticamente eliminados, foram para a agressão, violência. Acho que vai ser uma vergonha para quem comanda o futebol (se o Peñarol não foi punido). Tomara que tenha uma punição – afirmou Prass.
– Todo mundo ficou muito revoltado pelo que aconteceu, tentando entender. Foi uma situação que foi orquestrada, eles estavam preparados para aquilo. Tivemos uma reação boa – completou o goleiro.
O médico do Palmeiras Gustavo Magliocca acalmou os torcedores ao explicar que os ferimentos sofridos pelos jogadores na confusão não tirarão os jogadores das próximas partidas.
– O Willian teve um arranhão importante na face. De tudo o que poderia representar, com o portão fechado, acho que os efeitos foram mínimos possíveis dentro do potencial que teria. A gente teve bastante sorte, nenhum atleta saiu machucado. São escoriações. Mas fisicamente não tivemos nenhuma perda. No final das contas, o balanço foi positivo perto do que aconteceu ali – disse o médico.
Tratados como heróis, os seguranças do clube tiveram grande importância na confusão generalizada. Eles conseguiram abrir caminho ao vestiário do Verdão e amenizaram os riscos. Um dos 20 seguranças que viajaram ao Uruguai falou sobre o trabalho feito no estádio Campeón del Siglo.
– Eu fiquei perto do portão, sabia que iam pegar o Felipe Melo. Eles juraram a gente aqui. Tentaram me barra. Os seguranças deles tentando pegar a gente. Em nenhum momento nós agredimos alguém. Chegou no corredor, eles vieram em um monte de gente. Jogador, segurança. Conseguimos evitar o pior ali – contou André Silva.
– Eu temi sim. Pensei que ia ter problema. Eles já estavam com maldade contra a gente. Se eu fosse para agressão, te garanto que um comigo eu ia levar. Fomos lá para proteger. Eles não pensaram nisso. Quando eles vêm aqui, a gente trata todo mundo bem. Lá a gente é mal tratado. Essa estourou. Os caras não têm respeito com ninguém – concluiu o segurança do Palmeiras.


Fernando Prass no desembarque (Foto: Marcelo Hazan)Fernando Prass no desembarque (Foto: Marcelo Hazan)
Fernando Prass no desembarque (Foto: Marcelo Hazan)
Willian posa para fotos (Foto: Marcelo Hazan)Willian posa para fotos (Foto: Marcelo Hazan)
Willian posa para fotos (Foto: Marcelo Hazan)
Torcida do Verdão lotou o saguão do aeroporto de Guarulhos (Foto: Marcelo Hazan)Torcida do Verdão lotou o saguão do aeroporto de Guarulhos (Foto: Marcelo Hazan)
Torcida do Verdão lotou o saguão do aeroporto de Guarulhos (Foto: Marcelo Hazan)

Fonte: Globo Esporte

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