terça-feira, janeiro 03, 2017

Suspeito de extorsão, Marcelo Araújo se entrega à polícia em Curitiba

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O advogado Marcelo Araujo, suspeito de participar de uma armação para extorquir dinheiro de empresários e pessoas conhecidas no Paraná, se entregou à polícia nesta terça-feira (3). A informação
foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública. A prisão preventiva contra Araujo, que foi secretário municipal de Trânsito de Curitiba na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB),  foi decretada no dia 28 de dezembro.

Araújo e o bruxo Chik Jeitoso foram presos temporariamente pela Operação Lomax em 20 de dezembro de 2016. Segundo as investigações, a dupla exigia dinheiro para que fossem retiradas de redes sociais acusações feitas a respeito de empresários, políticos e artistas de televisão. Os suspeitos, segundo a polícia, chegaram a exigir R$ 5 milhões de uma das vítimas.
Três dias depois após a operação, Araujo conseguiu na Justiça uma decisão de liberdade provisória. Chik Jeitoso, que também teve a prisão preventiva decretada, está detido no Centro de Custódia em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Anteriormente, a Justiça já havia determinado a prorrogação da prisão temporária de ambos.
Marcelo Araujo passou a ser considerado foragido a partir do momento em que a polícia realizou diligências em endereços ligados a ele em Curitiba e em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, e não o encontrou.
Segundo o advogado de Araújo, Gustavo Sartor de Oliveira, a defesa só ficou sabendo do novo decreto de prisão na segunda-feira (2). O advogado disse que, em momento algum, o ex-secretário esteve foragido. O ex-secretário se apresentou junto à Vara Criminal, onde corre o processo. O advogado dele afirmou também que deve recorrer da decisão.
Como agiam
De acordo com o delegado Renan Ferreira, a dupla dizia para as vítimas que caso o dinheiro não fosse pago, o bruxo publicaria denuncias de estupro e pagamento de propina na internet. Ainda conforme as investigações, os suspeitos chegaram a ameaçar de morte as vítimas.
“Ele queria derrubar a pessoa politicamente. Esse era o objetivo dele, e ele deixava isso bem claro. Para conseguir isso, ela atraia alguma pessoa, que aceitasse registrar um boletim de ocorrência, para que esse boletim causasse um dano muito grande”, explicou o delegado no dia em que a operação foi deflagrada.
Segundo a polícia, os personagens existiam, porém, a veracidade dos fatos não foi possível confirmar.
Marcelo Araújo, conforme as investigações, era responsável por exigir do advogado das vítimas a quantia indevida. “Ele era a pessoa que falava: olha, eu garanto que a pessoa que foi levada a registrar o boletim de ocorrência não vai falar nada, ela vai se calar”, exemplificou o delegado.

A polícia disse não ter conhecimento de que as vítimas tenham feito o pagamento. Segundo o delegado, para que o crime de extorsão seja caracterizado não é necessário o pagamento, basta a exigência.

Chik Jeitoso e Marcelo Araújo foram candidatos a vereador na última eleição.

Fonte: G1

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