sexta-feira, janeiro 13, 2017

Portuguesa fará acordo para livrar Canindé de leilão

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Que a situação da Portuguesa é crítica não é novidade para ninguém. O clube está na Série D do Brasileirão, na segunda divisão do Paulista, afundado em dívidas e
com ações trabalhistas que bloqueiam qualquer centavo que entre nas contas da Lusa. No entanto, neste momento, há uma luz no fim do túnel: um projeto imobiliário que traria dinheiro à instituição, daria garantia aos jogadores que cobram o time na Justiça e ainda salvaria o Canindé, que quase foi a leilão no final do ano passado.

A Portuguesa pretende levar à assembleia um projeto imobiliário que consiste na construção de uma arena e um clube vertical modernizado, além de um shopping, um espaço de eventos e um hotel. A Lusa já possui um grupo de empreendedores responsável por captar recursos para as construções, que seguiriam um modo de parceria similar ao do Palmeiras no Allianz Parque. Para ser levado adiante, só falta a aprovação dos sócios.

Segundo o vice-presidente de marketing da Lusa, Antonio Carlos Castanheira, o projeto viabilizou um acordo com o grupo de jogadores que processam o clube por atrasos salariais. Foi por causa destas ações que o Canindé quase foi a leilão e que todos os recursos do clube estão bloqueados.

“A gente já está costurando esse acordo desde a metade do ano passado. Isso só foi possível porque nós conseguimos ter uma proposta oficial já protocolada nos poderes do clube, que é o projeto imobiliário da arena e dos empreendimentos”, afirmou Castanheiro, que garantiu que “se o projeto sair, obviamente a gente vai ter verba para pagar isso tudo à vista”.

No entanto, Castanheira garante que no acordo costurado com a advogada Gislaine Nunes, que representa os atletas, há uma contrapartida para caso o projeto não seja concluído.

“A gente realizou várias reuniões intensas com eles, aonde eu exigi dela, concomitante ao projeto, que ela fizesse um acordo paralelo ao projeto para que a gente voltasse a pagar os valores mensais, como eram pagos antes da suspensão na gestão Ilídio Lico. Assim ela aceitou”, garantiu o dirigente. Segundo Castanheira, a suspensão de pagamentos mensais das ações na gestão de Lico resultou no bloqueio das verbas do clube e na penhora do Canindé.

“A gente quer que o projeto ande para dar novas receitas para a Portuguesa, para poder quitar as dívidas e ter uma vida nova. Agora, a gente não pode garantir que o projeto sairá. É um projeto grandioso, e por ser um projeto grandioso a gente não pode garantir 100% da execução dele”, completou.

Última chance

Embora não tenha entrado em detalhes sobre os termos, a advogada Gislaine Nunes confirma que está alinhando um acordo com a Lusa e diz que, se o projeto for aprovado em assembleia, acabará o bloqueio das contas e o Canindé não irá a leilão – é claro, contanto que o clube arque com as parcelas devidas aos jogadores por causa do processo trabalhista.

“Até o final do pagamento eu mantenho o Canindé penhorado. O leilão será suspenso, mas não vou desistir disso. A única coisa é que eu vou deixar de fazer penhora de dinheiro, de valor. Mesmo tendo o Canindé penhorado eu continuava penhorando renda, penhorando tudo. Então eu vou suspender isso”, afirmou.

No entanto, a advogada garante que o projeto de modernização das instalações do clube é a última chance de acordo com a Lusa.

“Caso o conselho não aprove, aí não adianta nunca mais vir falar comigo. É a última vez que eu recebo a Portuguesa, você pode ter certeza”, disse Gislaine, que aproveitou para dar um recado à torcida da Portuguesa.

“Que o torcedor saiba que eu não estou dificultando, mas é a última vez que eu falo. Eu já dei todas as chances do mundo, todas as vezes que eles me procuram eu abro as portas do escritório e converso com eles. Eu quero que eles saibam que agora a bola está com a Portuguesa. Se não sair o acordo é porque eles não aprovaram”, concluiu.

Fonte: Band

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