quinta-feira, novembro 10, 2016

Lucros do Banco do Brasil e Bradesco recuam mais de 20% no trimestre

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O lucro líquido contábil do Bradesco no terceiro trimestre, que já considera os números do HSBC Brasil, de R$ 3,236 bilhões, ficou abaixo da projeção de analistas do
mercado financeiro. A cifra foi 20,9% menor que a de R$ 4,093 bilhões, conforme a média de 11 casas consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch, Brasil Plural, Citigroup, JPMorgan, Morgan Stanley, UBS e uma casa que preferiu não ser identificada).

Quando comparado o lucro do Bradesco no terceiro trimestre ante um ano, de R$ 4,120 bilhões, a cifra foi 21,5% inferior. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, de R$ 4,134 bilhões, foi identificada retração de 21,7%.
Rafael Neddermeyer/ReproduçãoLucros dos bancos tiveram queda significativa
O Bradesco revisou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, os guidances divulgados para este ano após a consolidação do HSBC Brasil. A instituição destaca, porém, que as novas projeções não produzem "alterações significativas" no resultado anual esperado com base na estimativa anterior.

Conforme o novo guidance, o Bradesco espera que sua carteira de crédito encolha de 7% a 3% neste ano, considerando os números do HSBC desde janeiro de 2015 (pro forma). Já se levado em conta o balanço do banco inglês apenas a partir do segundo semestre deste ano, a expectativa da instituição é de que os empréstimos cresçam de 8% a 12% em 2016 em relação ao ano passado. Anteriormente, o banco projetava queda de 4% até estabilidade da carteira.

Os empréstimos às pessoas físicas devem ficar estáveis e, na melhor das hipóteses, crescer até 4% neste ano, considerando o guidance pro forma. Levando em conta o HSBC somente a partir do segundo semestre, o segmento deve apresentar alta de 13% a 17%. Antes, o Bradesco projetava elevação de 1% a 5%.

No que tange à pessoa jurídica, a instituição projeta redução de 9% a 5% (pro forma) e aumento de 5% a 9%, considerando o HSBC desde o segundo semestre de 2016. O intervalo inicialmente divulgado estimava retração de 7% a 3%.

As despesas com provisões para devedores duvidosos do Bradesco, as chamadas PDDs, devem totalizar de R$ 22,5 bilhões a R$ 25,0 bilhões no conceito pro forma e de R$ 20,0 bilhões a R$ 22,5 bilhões, com o HSBC a partir da segunda metade deste ano. Antes, o banco estimava que esses gastos somariam de R$ 18,0 bilhões a R$ 20,0 bilhões.

Para a margem financeira de juros, o Bradesco projeta crescimento de 3% a 7% no conceito pro forma. Considerando os números do HSBC a partir do segundo semestre deste ano, a expectativa do banco é de alta de 13% a 17%. Antes, projetava incremento de 7% a 11%.

Já as receitas com prestação de serviços devem expandir de 3% a 7% (pro forma) e de 12% a 16%, com HSBC só no segundo semestre. Anteriormente, a instituição projetava aumento de 7% a 11%.

As despesas operacionais do Bradesco podem reduzir 2% e, na pior das hipóteses, aumentar 2% neste ano ante 2015, no conceito pro forma. Se considerados os números do HSBC somente a partir da segunda metade deste exercício, esses gastos devem aumentar de 12% a 16%. Antes, o banco projetava aumento de 4% a 8% para as despesas operacionais.

O único guidance que foi mantido pelo banco foi o de crescimento para os prêmios de seguros que devem crescer de 8% a 12% neste ano em relação a 2015 tanto no conceito pro forma como se considerado o HSBC somente a partir do segundo semestre.

Concorrência

O Bradesco incorporou o HSBC Brasil no terceiro trimestre, mas não conseguiu reduzir a distância em ativos do seu principal concorrente, o Itaú Unibanco. A cifra passou de R$ 115,660 bilhões ao final de junho para R$ 128,961 bilhões ao término de setembro, a maior diferença desde o primeiro trimestre de 2015, quando era de R$ 259,798 bilhões.

Apesar do impulso com os números do HSBC, o Itaú também recebeu um reforço importante no trimestre passado ao passar a consolidar os números da instituição resultante da união entre o Banco Itaú Chile e o CorpBanca, o Itaú CorpBanca.

O Bradesco encerrou setembro com R$ 1,270 trilhão em ativos totais, 20,9% maior em um ano, de R$ 1,051 trilhão. Em relação a junho, quando o montante estava em R$ 1,105 trilhão, foi registrada elevação de 14,9%.

Já o Itaú totalizou R$ 1,399 trilhão em ativos no terceiro trimestre, queda de 3,03% em um ano, quando estava em R$ 1,443 trilhão. Na comparação com junho, quando somou R$ 1,396 trilhão houve aumento de 0,2%.

Em contrapartida, ao elevar o montante de ativos no comparativo trimestral, o Itaú permaneceu próximo do Banco do Brasil, líder no ranking de ativos. O banco público encerrou setembro com R$ 1,448 trilhão em ativos, crescimento de 3,3% em um ano e de 0,2% ante junho. Com isso, a distância entre Itaú e o BB foi a R$ 49,112 bilhões no terceiro trimestre, praticamente estável ante o segundo.

Lucro do BB também recua

O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado, que não considera eventos extraordinários, de R$ 2,337 bilhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 18,9% se comparado ao mesmo período do ano passado (R$ 2,881 bilhões) e um aumento de 29,8% frente ao segundo trimestre deste ano (R$ 1,801 bilhão). O banco também reportou lucro líquido de R$ 2,246 bilhões, recuo de 26,6% em um ano e de 8,8% em relação ao segundo trimestre.

A diferença entre o lucro líquido ajustado e o lucro líquido deve-se a impacto negativo de R$ 323 milhões com planos econômicos e positivo de R$ 147 milhões em provisão extraordinária com demandas contingentes.

Os ativos totais alcançaram R$ 1,448 trilhão ao final de setembro, um crescimento de 3,3% em relação ao terceiro trimestre de 2015. O patrimônio líquido somou R$ 85,724 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A carteira de crédito ampliada encerrou o terceiro trimestre em R$ 734,032 bilhões, uma queda de 6,9% frente ao mesmo intervalo de 2015 e de 2,3% em relação a junho deste ano. A carteira de crédito ampliada interna, que inclui títulos e valores mobiliários e garantias prestadas, estava em R$ 682,527 bilhões em setembro deste ano, 3,4% abaixo de setembro do ano passado e 2,5% abaixo de junho.

O retorno sobre o patrimônio do BB ajustado caiu de 13,3% no terceiro trimestre do ano passado para 9,9% no mesmo período deste ano, mas subiu em relação ao segundo trimestre, quando foi de 7,7%.

O lucro líquido ajustado do BB no terceiro trimestre, de R$ 2,337 bilhões, ficou acima da projeção dos analistas do mercado financeiro. A cifra foi 6,57% maior que a média de R$ 2,193 bilhões, segundo seis casas consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, UBS e duas que preferiram não revelar identidade).

O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

Guidance

O BB revisou novamente, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o desempenho de parte de seus guidances. A projeção para o desempenho da sua carteira de crédito ampliada interna neste ano foi revista para uma queda de 9% a 6% em 2016, de uma contração de 2% a crescimento de 1% na projeção feita anteriormente. Em nove meses, a carteira de crédito ampliada interna teve queda de 3,4%.

Para o crédito a pessoa jurídica, o BB também revisou seu guidance. O banco espera que esses empréstimos diminuam de 19% a 16% neste ano em relação a 2015 contra intervalo que sinalizava queda de 10% a 6%. Em nove meses, encolheu 10,8%. Na pessoa física, o BB espera agora que a carteira cresça de 1% a 4% em 2016, enquanto na projeção anterior a estimativa era de um aumento de 5% a 8%. Nos nove primeiros meses deste ano essa carteira cresceu 3,6%.

O BB estima crescimento menor também da carteira do agronegócio este ano, prevendo expansão de 4% a 7%, depois de registrar em nove meses uma expansão de 4,5%. A projeção anterior era de que essa carteira apresentasse desempenho positivo de 6% a 9% este ano.

Outra projeção que o banco revisou foi de retorno sobre o patrimônio ajustado, que deve ficar entre 8% a 10%, abaixo dos 9% a 12% calculados anteriormente. Em nove meses, o retorno foi de 7,6%.

Os demais guidances foram mantidos. A instituição projeta aumento de 11% a 15% ante faixa de 7% a 11% para a margem financeira bruta. Já para o índice de provisões (PCLD), a projeção do BB é de que fique entre 4,0% e 4,4%. Em nove meses, ficou em 4,4%.

Para as rendas com tarifas, o BB segue projetando alta de 7% a 11%, depois de realizar 7% em nove meses.

Fonte: Tribuna do Norte

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