sábado, setembro 17, 2016

'Deus estava precisando de alguém alegre no céu', diz irmão de Montagner

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Francisco Montagner, único irmão de Domingos Montagner, disse ao Jornal Nacional que vai ter de aprender a lidar com o vazio deixado pela morte do ator. "Acho que isso tem que ter uma
explicação, não sei se a palavra é explicação, mas tem que ter um motivo que ultrapasse o nosso conhecimento humano", disse. "Brincando um pouco, acho que Deus estava precisando de alguém alegre no céu."
"O que eu acho que agora a gente tem que fazer é a nossa alma interior de cada um achar um conforto pra essa ausência, pra que ajude a conforta-lo tb onde estiver", disse Francisco.
Em mensagem publicada no perfil oficial do ator no Facebook, a família de Domingos Montagner agradeceu nesta sexta-feira (16) "as manifestações de carinho, apoio e solidariedade que tem recebido de todos e busca reunir a força necessária para atravessar - com serenidade e discrição - este momento difícil, íntimo e delicado ao lado dos amigos e familiares".
Domingos Montagner, que morreu afogado no Rio São Francisco, em Sergipe, na quinta-feira (15). O corpo chegou a Jundiaí, no interior de São Paulo, no início da noite. Será velado e enterrado em São Paulo neste sábado.
A arquiteta Fernanda Villares foi uma das últimas pessoas a conversar com ele. “Eu sonhei com ele na noite anterior. Quando eu acordei, fiquei pensando nele. Fazia muito tempo que a gente não se via e eu resolvi ligar”, disse. “Ele estava muito feliz, muito feliz. Ele estava realmente no auge da vida dele em vários sentidos. Uma família maravilhosa, muitos amigos, uma carreira maravilhosa que ele sempre mereceu. Ser reconhecido como grande ator e um grande palhaço que ele sempre foi”, afirmou, emocionada.
Paulistano da Zona Leste, ele passou a infância e a juventude na Rua Tijuco Preto, no Tatuapé. A casa em que nasceu ainda está de pé. Os filhos decidiram manter o imóvel mesmo depois da morte da mãe deles, há três anos.
O primeiro emprego de Domingos foi como office boy, aos 16 anos. Ele trabalhou também como arquivista e chegou a servir o Exército. Muitos vizinhos se lembram dele saindo de casa fardado.
“Lembro muito da fase que ele foi para o Exército. Ele ficava tão bonitinho com aquela farda. Minguinhos, como nós chamávamos aqui, foi sempre um garoto exemplar”, disse a vizinha Inêz Martarelli Simão.
Domingos tentou arriscar carreira no esporte, fez faculdade de Educação Física e chegou a dar aula de natação. No handebol foi campeão pelo Corinthians.
No bairro onde cresceu não há quem não se emocione ao lembrar dele. O balconista Ivan de Lima atendeu diversas vezes o ator e a família em um restaurante. “Sempre sorrindo. Você via na rua aqui, já via ele dando risada. Nunca vi ele de cara feia”, afirmou. “É triste. É muito triste.”

Fonte: G1

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