terça-feira, maio 10, 2016

Justiça aceita denúncia contra Gim Argello e mais oito na Lava Jato

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta terça-feira (10) a denúncia contra o ex-senador Gim
Argello, preso em abril pela 28ª fase da operação, e outras oito pessoas. Moro, porém, não aceitou a denúncia contra o ex-presidente da Odebrecht S.A Marcelo Bahia Odebrecht, que havia sido denunciado junto com o ex-senador. 

A partir de agora, Gim e os demais viram réus, passando a responder uma ação penal na Justiça Federal por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação.

Veja quem são os réus e os crimes que cada um responde:
-Jorge Afonso Argello (Gim Argello) - ex-senador pelo PTB - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais, organização criminosa e obstrução à investigação
-Jorge Afonso Argello Junior - filho do ex-senador - corrupção passiva e lavagem de capitais
-Paulo César Roxo Ramos - assessor do ex-senador - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Valério Neves Campos - ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal - corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-José Aldemário Pinheiro Filho - ex-presidente da construtora OAS - corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Roberto Zardi Ferreira - diretor de Relações Institucionais da OAS - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Dilson de Cerqueira Paiva Filho - executivo ligado à OAS - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Ricardo Ribeiro Pessoa - dono da construtora UTC - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
-Walmir Pinheiro Santana - ex-diretor financeiro da UTC - corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação
O advogado Marcelo Bessa, que defende Gim Argello, informou que se manifestará apenas nos autos do processso. O G1 tenta o contato com as defesas dos outros réus.

Já a denúncia contra Cláudio Melo Filho, ex-funcionário da Odebrecht, e Marcelo Odebrecht não foi aceita pelo juiz "por falta de justa causa e sem prejuízo de retomada se surgirem novas provas". A denúncia contra os dois era por corrupção ativa, lavagem de capitais e obstrução à investigação.
As suspeitas
O nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que está em prisão domiciliar, e do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O ex-senador está detido no Complexo Médico-Penal, na Região Metropolitana de Curitiba.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-senador na sexta-feira (6). Para os procuradores, há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS.
Em troca, ele barraria a convocação de executivos das empreiteiras para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional, que investigou o esquema de corrupção na Petrobras - as duas empresas são investigadas na Lava Jato.
Os recursos, ainda conforme divulgado pelo MPF, foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha.

Ainda conforme os procuradores, as investigações apontaram acerto de vantagem indevida realizado por, pelo menos, quatro empreiteiras: UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal e Odebrecht.
Segundo o MPF, o ex-senador solicitou propina para as empresas Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Corrêa. Essas, afirmam os procuradores, não aceitaram.

Quanto à Odebrecht, a denúncia indica pagamento de R$ 200 mil para que diretores não precisassem comparecer à CPMI. Até antes da denúncia, o nome da Odebrecht não figurava entre os investigados no caso.

Fonte: G1

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