terça-feira, maio 10, 2016

Ex-secretário de Obras e empresário estão entre 15 presos pela PF em MS

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, a esposa dele, o empresário João Amorim e a secretária dele, Elza Amaral, estão entre os 15 presos
em Campo Grande, durante 2ª etapa da operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama. Confirmação das prisões foi feita pelos advogados dos suspeitos na manhã desta terça-feira (10).

Benedicto Figueiredo, que faz a defesa de Amorim, disse que vai pedir cópia da decisão que autorizou o cumprimento dos mandados e depois disso deve pedir a liberdade do empresário. Ele confirmou a prisão de Elza. Jail Azambuja afirmou que Giroto e a esposa também estão presos.

Os quatro foram presos em casa, na capital sul-mato-grossense. Policiais saíram dos imóveis com malotes.

Ex-governador
Além de cumprir mandados nas casas dos presos, policiais, servidores da Controlodoria-Geral da União e da Receita Federal estiveram também no apartamento do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). Eles ficaram no local por cerca de duas horas e saíram de lá com malotes.

André Puccinelli foi à Superintendência da PF logo depois que policiais e servidores da CGU saíram do apartamento dele. Acompanhando do advogado Rene Siufi, o ex-governador disse que foi "espontaneamente" ao local.

André Puccinelli na recepção da PF, em Campo Grande (Foto: Rodrigo Grando/ TV Morena)André Puccinelli na recepção da PF, em Campo
Grande (Foto: Rodrigo Grando/ TV Morena)
Puccinelli chegou à Superintendência da PF cerca de uma hora depois dos policiais terem deixado o apartamento dele. Ele falou que quando os servidores federais chegaram, ele dormia.
O político também disse à imprensa que desconhece o que os policiais pegaram na casa dele, que não tem o que esconder e que "é bom que a verdade apareça".

Operação
A ação cumpre mandados em Campo Grande, Rio Negro (MS), Curitiba, Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP). Segundo a PF, os alvos são investigados por suspeita de envolvimento em corrupção em obras públicas. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
Conforme a PF, o objetivo desta etapa da operação Lama Asfáltica é cumprir 28 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 mandados de sequestro de bens de investigados.
Participam da ação 201 policiais federais, 28 da Controladoria-Geral da União (CGU) e 44 da Receita Federal.
Veja lista de presos na 2ª fase da operação Lama Asfáltica
- Ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de MS, Edson Giroto
- Ex-secretário-adjunto de Fazenda de MS, André Luiz Cance
- Ex-diretora-presidente da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Maria Vilma Casanova Rosa
- Raquel Rosana de Jesus (esposa de Giroto)
- Empresário João Alberto Amorim dos Santos
- Ana Paula Amorim Dolzan
- Ana Lúcia Amorim Dolzan
- Renata Amorim
- Elza Cristina (secretária de João Amorim)
- Wilson Roberto Mariano de Oliveira
- Mariane Mariano
- Ana Cristina Pereira da Silva
- Hélio Yudi
- Evaldo Furrer Matos
- Flávio Henrique Garcia

Policiais federais no prédio onde mora o ex-governador de MS (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Policiais federais no prédio onde mora o
ex-governador de MS (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Corrupção
Os investigados teriam adquirido propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras, de fraudes em licitações e ainda de recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.
As investigações sobre o suposto esquema de corrupção teve início em 2013. Na primeira fase da apuração, foi verificada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.
Em análise a material apreendido na primeira fase da operação, a CGU e a Receita Federal verificaram indícios de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação  de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.

Segundo a polícia, o grupo investigado atua  no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.
Primeira fase
No último mês de fevereiro, o Ministério Público do Estado (MP-MS), denunciou 40 pessoas por envolvimento em corrupção em obras públicas de Mato Grosso do Sul. Esses denunciados tinham sido investigados pela PF. Na época, R$ 84 milhões em bens foram bloqueados.
A operação Lama Asfáltica foi deflagrada em 9 de julho, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas que tinham contratos com o poder público. A PF e a Receita Federal também foram à Secretaria de Estado de Infraestrutura.

Na lista de obras investigadas na primeira fase estão o Aquário do Pantanal e as rodovias MS-171, MS-228 e MS-187. Todas foram executadas na administração de André Puccinelli (PMDB). Na época, a assessoria do ex-governador informou que "todas as contratações seguiram rigorosamente a legislação vigente e aplicável ao caso" e "os pagamentos efetuados foram feitos após verificação dos fiscais de cada uma das obras.

Fonte: G1

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