quarta-feira, março 02, 2016

Justiça francesa condena Maluf a três anos de prisão, diz Procuradoria

O deputado federal Paulo Maluf, que teve a candidatura cassada pelo TRE, faz carreata de sua campanha a reeleição na zona leste. No dia de seu aniversário Maluf, faz carreata saindo as 9h da Panificadora Essen, na esquina das ruas São Theodoro e Tomé Alvarez de Castro, na região de Itaquera, percorrendo varios bairros da regiãoA Justiça francesa condenou o deputado Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito de São Paulo, sua mulher Sylvia Lutfalla Maluf, e seu filho Flávio Maluf, a prisão por "lavagem
de dinheiro em grupo organizado", informou nesta quarta-feira (2) a PGR (Procuradoria-Geral da República).

No caso de Maluf e seu filho Flávio, a condenação é a três anos de prisão, enquanto a pena imposta a Sylvia é de dois anos.

A condenação, determinada pela 11ª Câmara do Tribunal Criminal de Paris, também ordenou a manutenção do mandado de captura internacional contra Maluf e confiscou 1,8 milhão de euros (equivalente a cerca de R$ 7,8 milhões) em contas ligadas a eles. Inclui, também, multas que somam 500 mil euros (equivalente a cerca de R$ 2,17 milhões).

De acordo com nota da PGR, o crime foi cometido entre 1996 e 2005 e teve como origem dinheiro desviado dos cofres públicos brasileiros.

Ainda cabe recurso da decisão à Corte de Apelação francesa.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à França a transferência do procedimento criminal de Paris e a repatriação, para o Brasil, dos valores confiscados.

A transferência do procedimento é necessária porque, segundo a Constituição, cidadãos brasileiros não podem ser extraditados mesmo quando condenados no exterior.

No Brasil, Maluf é alvo de duas ações penais no Supremo, por ter direito a foro privilegiado. Nelas, ele é acusado dos crimes de quadrilha, corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

OUTRO LADO

A defesa de Maluf na França informou, em nota, que todos os valores têm origem lícita e foram declarados às autoridades brasileiras. Diz ainda que a decisão não é definitiva e cabe recurso. 

Fonte: Folha de São Paulo

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