Ao comentar a saída da ex-governadora Wilma de Faria do Partido Socialista Brasileiro (PSB) após sua filiação, o presidente estadual da legenda, deputado
O novo presidente do PSB no RN contestou o argumento do grupo wilmista de que houve truculência no processo de sucessão da direção estadual. “Truculência não é o nosso perfil. Quem nos conhece sabe que somos do diálogo. O próprio presidente esteve aqui para buscar o diálogo. Só que precipitadamente a ex-governadora se desligou do partido”, declarou Motta.
Motta explicou que foi expulso do PROS por não concordar com o uso do fundo partidário para a compra de bens, como uma aeronave. Após receber convites de várias siglas, ele disse que optou pelo PSB por já ter afinidade com as ideias defendidas pelo partido na Câmara Federal. O parlamentar destacou que, desde sua chegada, procurou conversar com filiados para dialogar.
“Eu vim para somar. O próprio presidente me pediu para evitar qualquer tipo de comentário no Estado, porque ele mesmo trataria de fazer reunião do diretório estadual para falar sobre nossa filiação. Mesmo assim, me adiantei e comuniquei aos vereadores, aos deputados estaduais. Quando fui a São Paulo, tentei visitar a ex-governadora Wilma e não consegui falar. Achei até que estava sendo invasivo”, contou.
Fortalecimento do PSB
Com a responsabilidade de conduzir os socialistas no estado, Rafael Motta disse que pretende, com diálogo, fortalecer a sigla em todas as regiões. Ele frisou que já tem conversado com lideranças, vereadores, prefeitos e deputados da sigla e de outros partidos que poderão ingressar na legenda para construir um grupo forte. O deputado descartou a possibilidade de esvaziamento com a saída de Wilma de Faria.
“Assim como foi criada uma atmosfera de descredenciamento do PSB quando o ex-governador Eduardo campos faleceu, no RN também houve. Disseram que haveria um encolhimento do partido. Mas não foi o que aconteceu. Até o momento, só quem teve intenção de sair foi a ex-governadora, sua filha, obviamente, e as lideranças que seguem a ex-governadora e deputada estadual”, ponderou Rafael.
Natal
Em Natal, Rafael Motta informou que debaterá a formação do diretório municipal com vereadores e lideranças da sigla. Ele descartou a possibilidade de o seu pai, deputado estadual Ricardo Motta, ainda filiado ao PROS, assumir o diretório municipal. Ele frisou que a posição do partido em relação à administração do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) será de independência. “Cada vereador terá liberdade para agir de acordo com sua consciência”, reiterou.
Candidatura a prefeito
Sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura de Natal, Rafael admitiu que seu nome vem sendo lembrado. Ele destacou que existe uma recomendação nacional por candidaturas próprias não só na capital, mas no interior do Estado. O deputado adiantou que vai trabalhar para viabilizar o maior número de candidaturas representativas possíveis. Em Natal, ele não descartou a possibilidade de entrar na disputa.
“Em Natal, também existe essa possibilidade [de o PSB lançar candidatura a prefeito]. Haveremos de conversar com os vereadores, as lideranças, nosso grupo político e o partido para ver a melhor possibilidade. Eu me sinto muito feliz em ser lembrado como pré-candidato à Prefeitura de Natal”, declarou.
Bancada na Assembleia
Sobre a construção da bancada na Assembleia Legislativa, Motta frisou que tem dialogado com o deputado estadual Tomba Farias (PSB), o qual assumirá a vice-presidência estadual da sigla, e afirmou que conta com a experiência de Ricardo para também conduzir as conversas no âmbito do legislativo estadual.
Em relação ao posicionamento diante do governo Robinson faria (PSD), Rafael disse que será a mesma adotada quanto á gestão de Carlos Eduardo: independência. O dirigente estadual do PSB enfatizou que o partido sempre estará favorável ao Rio Grande do Norte, independente de dar suporte político ao governo ou não. “Não faremos oposição por oposição. Criticamos o que é para ser criticado, mas nós também sugerimos”, salientou.
Do PROS ao PSB
Perguntado sobre o que mudava do parlamentar que foi eleito pelo PROS para o deputado federal hoje no PSB, Motta disse que está mais feliz. Ele disse que foi bem recebido na antiga legenda, mas elogiou o senso de democracia entre os socialistas no Congresso Nacional. “Todas as posições do PSB são decididas em conjunto. Quando não há consenso, vence a posição da maioria. É um partido numeroso, mas muito democrático. Isso me deixa satisfeito”, declarou.
Pacote Fiscal
Rafael Motta comentou ainda as medidas do governo Dilma Rousseff (PT) enviadas ao Congresso Nacional como soluções para a crise econômica, como a mudança na Previdência, o pacote fiscal e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O deputado disse que as propostas do Planalto tentam justificar a incompetência do governo petista.
“Essas medidas são justificativas para tentar minimizar a incompetência do Governo Federal. Principalmente, a CPMF. É uma completa falta de respeito com o brasileiro, em um País recordista de carga tributária no mundo, falar em retorno de um imposto. Pior, criar a falsa sensação de que esse imposto só taxa grandes fortunas. Todo mundo vai pagar o imposto. Só que cada um com sua realidade. Eu acho uma loucura. Inclusive, tenho defendido isso no partido. Sou totalmente contra a criação do imposto devido á incompetência de um governo que caiu em descrédito com a população”, finalizou.
Fonte: Portal Noar
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