sexta-feira, janeiro 08, 2016

Procurador de Paris lança dúvidas sobre homem morto em delegacia

Policiais usam robô para verificar se há explosivos no corpo de suspeito morto após tentar atacar uma delegacia em Paris nesta quinta-feira (7) (Foto: Handout via Social Media Website/Anna Polonyi)O procurador-geral de Paris, François Molins, levantou novas dúvidas sobre a identidade do homem morto a tiros pela polícia na capital francesa na quinta-feira (7), enquanto as autoridades
tentam esclarecer se ele representava uma ameaça maior ou se agia sozinho e sem apoio.
O homem foi morto ao tentar entrar numa delegacia portando um facão. Um policial disse que o agressor gritou Allhu Akbar (Deus é Grande), e vestia o que depois se revelou ser um cinto com explosivos falsos.
O incidente ocorreu no aniversário de um ano do ataque mortal de militantes islâmicos contra o semanário satírico Charlie Hebdo, na capital francesa.
Molins disse a uma rádio francesa que o homem pode ter fornecido uma identidade falsa alguns meses atrás. Ele também disse que um celular com um cartão SIM alemão foi encontrado com o corpo e estava sendo examinado.
“Não tenho certeza nenhuma se a identidade dada por ele é verdadeira”, disse Molins à rádio francesa France Inter, nesta sexta.
Uma fonte judicial disse nesta quinta que o homem morto pela polícia se chamava Ali Sallah, um marroquino nascido em 1995 em Casablanca. Ele era sem-teto e conhecido pela polícia por praticar roubos na região de Var, no sul da França, em 2012.
Nos comentários desta sexta, Molins disse que as autoridades sabem, a partir das impressões digitais, que o homem morto se identificou como Sallah para a polícia ao ser detido no ano passado.
No entanto, ele disse que um papel encontrado com o corpo fornecia um nome diferente, e a nacionalidade tunisiana.
Molins disse que, embora o nome  Ali Sallah não fosse conhecido pelos serviços de inteligência, “vamos precisar estabelecer a identidade – saber qual a identidade verdadeira”.
O papel encontrado com o corpo continha também uma bandeira do Estado Islâmico e uma declaração de aliança ao grupo militante, em árabe.
O Estado Islâmico, que controla partes de Iraque e Síria, assumiu a responsabilidade por outro ataque mortal em Paris, em 13 de novembro, no qual 130 pessoas morreram.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!