O Comitê de Ética da Fifa informou nesta quinta-feira que doará 48 relógios a uma organização sem fins lucrativos. Esses relógios
haviam sido presenteados pela CBF a cartolas ligados a federações espalhadas pelo mundo. No entanto, a Fifa viu irregularidades nos mimos oferecidos pela CBF antes da Copa do Mundo de 2014 e determinou que os dirigentes entregassem os relógios à Fifa.
Ao todo, a CBF distribuiu 65 relógios no valor de R$ 90 mil cada. O presidente da CBF era José Maria Marin, que atualmente está preso (em regime domiciliar) em Nova York, sob acusação de corrupção em contratos televisivos de torneios de futebol.
Os relógios oferecidos a dirigentes feriam o regulamento disciplinar estabelecido pelo Comitê de Ética da Fifa. Entre os agraciados pela CBF estavam dirigentes do Comitê Executivo da Fifa, que reúne os membros mais importantes da entidade.
Em setembro de 2014, o Comitê de Ética comunicou que os cartolas deveriam entregar o relógio à Fifa. Caso contrário, eles seriam investigados, podendo sofrer possíveis punições. Dos 65 relógios que saíram da CBF, 48 foram entregues à Fifa.
Após profunda investigação da Fifa, foi apurado que muitos dirigentes sequer receberam o relógio, apesar da promessa da CBF. Ainda não se sabe o destino desses relógios que não chegaram aos destinatários.
Os relógios recuperados pela Fifa serão entregues à organização Street Football World, com base na Alemanha, e que usa o futebol como instrumento de sociabilização de crianças e adolescentes pelo mundo. O dinheiro arrecadado será destinado integralmente para atividades da associação alemã no Brasil.
Fonte: Uol
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