segunda-feira, abril 06, 2015

Vento preocupa bombeiros e entrada do Porto deve permanecer interditada

Bombeiros continuam trabalhos para combater incêndio em Santos (Foto: Mariane Rossi/G1)O incêndio que atinge parte da área industrial de Santos, no litoral de São Paulo, segue sendo combatido, há cerca de 100 horas, por quase 200 profissionais, entre bombeiros
e trabalhadores do Polo Industrial. Na manhã desta segunda-feira (6), o fogo voltou a aumentar por causa do vento, o que causou grande preocupação. De acordo com o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), por causa do avanço lento no combate ao fogo as interdições para caminhões na via Anchieta deve continuar por, pelo menos, mais três dias
O incêndio na empresa Ultracargo começou por volta das 10h de quinta-feira (2). Seis tanques de combustível foram atingidos. Nesta segunda-feira (6), dois ainda permaneciam pegando fogo. No início do incêndio, a temperatura chegou a 800°C no local mas, nesta manhã, segundo os bombeiros, gira em torno dos 600°C. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.
Até agora, quase seis bilhões de litros de água do mar foram usados para combater as chamas. Como parte da água é poluída e devolvida para o mar, estudos já apontaram que o incêndio é responsável por uma alta taxa de mortalidade de peixes na região afetada.  De acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda não há previsão para o término dos trabalhos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, na manhã desta segunda-feira estão sendo jogados 75 mil litros d'água por minuto para combater as chamas. Cerca de 14 quilômetros de mangueiras conectadas retiram a água do mar que é despejada no local. Atualmente, 118 homens do Corpo de Bombeiros, mais 80 trabalhadores do plano de auxílio, tentam conter o fogo.

Gabinete de crise realiza reunião sobre incêndio na empresa Ultracargo (Foto: Divulgação /  Polícia Militar)Gabinete de crise realiza reunião sobre incêndio na
empresa Ultracargo (Foto: Divulgação / PM)
De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, a apreensão entre a corporação aumentou por causa dos ventos. "Não temos previsão para o término dos trabalhos. Ainda são dois tanques em chamas e 21 sendo resfriados. Estamos evoluindo na ocorrência, mas o vento está sendo crucial para o aumento das chamas. Ele traz grandes preocupações porque pode espalhar o fogo a qualquer momento", diz.
Ainda segundo Palumbo, uma operação realizada pelo Corpo de Bombeiros durante a madrugada terminou com 10 profissionais passando mal. "Um tanque estava com acrilato de butila e a substância precisou ser removida. Os bombeiros inalaram o produto e passaram mal. De qualquer forma, não foi nada grave. Eles já voltaram aos trabalhos", explica.

Prefeito de Santos falou com jornalistas após reunião do Gabinete de Crise (Foto: Orion Pires/G1)Prefeito de Santos falou com jornalistas após
reunião do Gabinete de Crise (Foto: Orion Pires/G1)
De acordo com Paulo Alexandre Barbosa, os prejuízos ambientais causados pelo incêndio, até agora, estão sendo analisados pela Cetesb. "Nossa prioridade é garantir a segurança da população, preservando a vida humana e encerrando definitivamente o incêndio. Quanto aos prejuízos para o Porto a autoridade portuária já está entrando em contato com as transportadoras para refazer os agendamentos das cargas", afirma.
Tráfego de caminhões

Vice-governador Márcio França conversou com jornalistas após reunião (Foto: Orion Pires/G1)Vice-governador Márcio França conversou com
jornalistas após reunião (Foto: Orion Pires/G1)
A Prefeitura de Santos reforçou, na manhã desta segunda-feira, que todos os caminhões estão proibidos de entrar na cidade. A entrada principal do Porto de Santos, no acesso ao viaduto da Alemoa, está fechada e os caminhões permanecem retidos na interligação entre a Anchieta e a Imigrantes. Caminhões com destino ao Guarujá e às vias Padre Manoel da Nóbrega ou Cônego Domênico Rangoni podem seguir viagem normalmente.
Após uma reunião na Prefeitura de Santos, o vice-governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), disse acreditar que as interdições no Porto de Santos devem continuar. "O Governo do Estado está apoiando os trabalhos. As interdições no viaduto da Alemoa devem durar mais três ou quatro dias. Enquanto o incêndio persistir não dá para fazer uma previsão exata", disse.
Segundo o prefeito de Santos, a restrição de caminhões será mantida para garantir o direito à mobilidade do cidadão santista. "A Polícia Rodoviária já está criando barreiras em outras rodovias estaduais como Rodoanel, Anhanguera e Bandeirantes para evitar que esses caminhões utilizem outros acessos a cidade", completa.
De acordo com o secretário de segurança do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, o policiamento nas estradas será reforçado para evitar que os caminhoneiros que formam filas sejam assaltados. "Apenas caminhões com medicamentos e alimentos poderão passar. Os trabalhos devem durar mais três dias e não há mais risco de explosões. A população precisa ter paciência", finaliza.

Arte: Incêndio em Santos (Foto: Arte / G1)

Fonte: G1

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