quarta-feira, março 04, 2015

Morre segundo operário atingido por desabamento de varanda de prédio

As fissuras antes do desabamento era visíveis (Foto: Whatsapp Tribuna)O operário Gilvanir José do Nascimento, de 44 anos, teve morte encefálica no início da tarde desta quarta-feira (4). Ele, que trabalhava no Edifício Versailles, no Bairro Meireles, quando foi atingido pelo
desabamento da laje do segundo andar do prédio, estava internado no Instituto Doutor José Frota (IJF) desde a última segunda-feira (2), data em que ocorreu o acidente. O desabamento já havia causado a morte de Valdízio Moreira Nunes.

Logo após o desabamento, Gilvanir foi socorrido em estado grave, precisando ser massageado por causa de paradas cardiorrespiratórias. Seu irmão, Raimundo José do Nascimento, de 52 anos, também trabalhava na obra e foi atingido pelo desabamento. O operário foi levado ao IJF, onde passou por exames e depois recebeu alta médica.

Segundo a esposa de Gilvanir, Maria Elza de Jesus do Nascimento, o acidente foi uma surpresa para a família. “Quase morro de susto. Eu nem sabia que ele estava trabalhando nesse prédio”, relatou em entrevista ao Tribuna do Ceará. De acordo com ela, o marido é mestre de obra e não trabalhava com carteira assinada. “Ele fazia uns bicos. Não era emprego fixo não”, explicou.

Desabamento

Uma fissura havia sido identificada no fim de semana, e a jardineira da varanda estava pesada devido às chuvas dos últimos dias. Os operários acidentados iriam realizar o escoramento da varanda, como medida preventiva. De acordo com o coordenador Especial de Proteção e Defesa Civil, Cristiano Férrer, a obra estava sendo construída irregularmente.

“O documento que nos foi apresentado foi uma ART [Anotação de Responsabilidade Técnica] às 15h, sem comprovante de pagamento, ou seja, não tinha valor porque não foi registrado”, declarou.  O documento apresentado foi apenas de cálculo, e não do desenvolvimento da obra, por isso a reforma não poderia começar. Porém, a equipe da Defesa Civil identificou que o escoramento já havia sido iniciado.

O condomínio segue interditado desde segunda-feira (2) e será liberado após reforma a ser executada pela administração do prédio. “As famílias só vão voltar para cá quando houver a conclusão da obra”, explica Cristiano Férrer. Não há prazo determinado para o retorno das famílias aos apartamentos. O Tribuna do Ceará tentou contato com moradores do condomínio, mas nenhum quis se pronunciar sobre o acidente.

Foto: Whatsapp Tribuna

Fonte: Tribuna do Ceará

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