segunda-feira, dezembro 29, 2014

Primeiro ano do acidente de Schumacher é marcado por silêncio e boatos

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O acidente de Michael Schumacher em uma estação de esqui em Meribel, na França, completa um ano nesta segunda-feira (29)
marcado por poucas informações, concentradas pela família do piloto, e muitas especulações de jornais e especialistas em torno do real estado de saúde do heptacampeão ao longo desse tempo.

Enquanto esquiava com seu filho, Schumacher bateu a cabeça numa pedra e, enviado ao Hospital Universitário de Grenoble, na França, entrou em coma, correndo risco de morte. O piloto sofreu traumatismo craniano, edema cerebral e precisou de uma intervenção cirúrgica na cabeça. "Estado crítico, porém estável" foi a frase comum em seus boletins médicos dos primeiros dias.

Desde o início, a família do piloto pediu privacidade e indicou que não daria muitos detalhes sobre sua recuperação. O assédio da imprensa - um jornalista até se disfarçou de padre para tentar entrar no quarto do ex-piloto - fez com que a família reforçasse esse pedido enquanto ele era atendido em Grenoble.

Sem notícias oficiais, a imprensa mundial recorreu a médicos e especialistas para especular sobre as possíveis sequelas que o alemão teria após as cirurgias. As circunstâncias do acidente também viraram alvo de boataria, apontando que ele teria socorrido uma criança fora da pista, ou que estaria em alta velocidade, ou que a câmera acoplada em seu acidente teria agravado as lesões.

A investigação oficial, da promotoria francesa, apontou, ainda em fevereiro, que Schumacher estava em velocidade "normal para um esquiador experiente", descartando que ele estivesse rápido demais. O processo acabou arquivado, sem responsabilizar alguém pelo acidente.

Nesse meio tempo, o americano Gary Hartstein, que foi médico-chefe da Fórmula 1 entre 2005 e 2012, resumiu o caso dizendo que a falta de notícias poderia servir como "chance para começarmos a nos despedir dele", o que aumentou as especulações sobre o estado de saúde de Schumacher.

Outro que contribuiu para isso foi o ex-piloto Philippe Streiff, que ficou paraplégico em um acidente em Jacarepaguá, em um teste da F1 em 1989. Em novembro, o francês afirmou ter visitado o alemão no hospital e disse que ele estava paralisado em uma cadeira de rodas e tinha problemas e memória.

Em uma entrevista divulgada em dezembro pelo jornal "Le Figaro", Streiff disse também que Schumacher ainda não recuperou a fala, se comunicando com os olhos, mas que "reconhece pessoas queridas, como sua esposa e os filhos". "Por isso ele foi trazido para casa, porque é provável que, em um ambiente familiar, possa recuperar a memória muito mais rápido", acrescentou.

O que disse a família
De concreto, soube-se no fim de janeiro que Schumacher passaria a ter os sedativos reduzidos para que os médicos, aos poucos, o acordassem do coma. Isso, no entanto, só aconteceria em junho, quase seis meses depois da queda. Ele deixou as instalações de Grenoble e foi para uma clínica em Lausanne, na Suíça.

A imprensa continuou atrás de mais informações sobre o ex-piloto, e dias depois da saída de Schumacher do hospital, a polícia francesa confirmou que investigava o roubo de documentos sigilosos sobre o estado de saúde do alemão, retirados de Grenoble. O acusado de roubar os prontuários, funcionário de uma empresa de helicópteros suíça que fez o transporte de Schumacher, foi encontrado morto em sua cela, em agosto.

Em 9 de setembro, a família Schumacher divulgou uma boa notícia: o ex-piloto finalmente iria para casa, após 254 dias de internação. A assessora Sabine Kehm apontou "evolução constante, mas não expressiva", o que indicava que o quadro, apesar de tudo, não parecia tão alterado. No último domingo (28), Sabine se manifestou novamente, em entrevista à Reuters, sem dar detalhes: "Será um longo tempo e uma luta difícil. Ele está evoluindo de forma apropriada, se considerarmos a severidade da situação." 

O site oficial de Schumacher voltou ao ar em 13 de novembro, em comemoração aos 20 anos do primeiro de seus sete títulos na F1. Além de festejar a efeméride, a família apenas agradeceu aos fãs pelas mensagens de apoio recebidas.

Fonte: Uol

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