O doleiro Alberto Youssef pagou passagens aéreas para assessores dos senadores Ciro Nogueira (PP-PT) e Cícero Lucena (PSDB-PB) de
Os boletos das passagens para os assessores Mauro Conde Soares, que tralha com Ciro Nogueira, e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira, assessor de Lucena há oito anos, atestam que os dois saíram de Brasília no dia 4 de janeiro de 2012, desembarcaram em Congonhas e retornaram a Brasília no mesmo dia. O documento foi faturado pela Arbor Contábil, empresa da contadora do doleiro, Meire Poza.
Ao ser procurado pelo jornal, Ciro Nogueira convocou o funcionário para uma conversa e permitiu que o veículo a acompanhasse por viva-voz. Segundo a publicação, Mauro Soares admitiu a viagem, mas afirmou que a fez sem o conhecimento do senador. “Estou chocado com essa história”, disse Ciro Nogueira, que afirmou que iria demitir o assessor.
“Eu viajei e não conversei com o senador sobre isso. Assumo meu erro. Eles tinham interesse no fundo de pensão do Tocantins. Eu tinha trabalho para um senador de lá antes do gabinete do Ciro”, disse o assessor. Os investigadores, no entanto, acredita que os dois assessores foram à capital paulista para tratar de um fundo de investimentos criado por Yousseff.
Segundo as investigações, havia um acordo com o políticos que receberiam 10% de comissão se conseguissem que o fundo de pensão de prefeituras e Estado colocassem dinheiro num fundo de investimentos de uma das empresas do doleiro. O nome de Ciro Nogueira foi citado na revista Veja desta semana como um dos políticos que se beneficiaram de um esquema de corrupção da Petrobrás.
O senador tucano Cícero Lucena não foi localizado pela reportagem. A assessoria de Lucena informou que ele estava retornando de viagem oficial para Cuba. O assessor não atendeu às ligações.
Fonte: Terra
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