quinta-feira, junho 26, 2014

Greve de ônibus tem futuro indefinido em Natal mesmo com decisão judicial

Presidente do Sintro-RN afirma que orientação é para volta ao trabalho e ônibus circulando em Natal (Foto: Matheus Magalhães/Inter TV Cabugi)O futuro da greve dos ônibus de Natal continua indefinido mesmo após a decisão judicial que determinou o fim imediato da paralisação nesta quarta-feira (25).
Assim como aconteceu nesta manhã, os motoristas e cobradores realizarão assembleias nas garagens das empresas de transporte urbano para definir se a frota volta a circular nesta quinta-feira (26).

A orientação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Rio Grande do Norte (Sintro-RN), Nastagnan Batista, é que a greve acabe, no entanto o mesmo não sabe se a categoria vai acatar a decisão. "Fomos notificados e vamos falar com os trabalhadores, mas a categoria está muito dividida. Não tenho o que fazer. É uma decisão de cada rodoviário", afirma.

De acordo com presidente do Sintro-RN, os motoristas e cobradores não ficaram satisfeitos com o resultado do julgamento do dissídio coletivo nesta terça-feira (24). O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou um reajuste salarial de 7,32% e um aumento de R$ 10 no vale alimentação. Além do salário e do benefício da alimentação, ficou acordado que a quantidade de ônibus da frota que tem cobradores vai cair de 60% para 50%. Foi estabelecida uma multa de R$ 150 mil pelos 12 dias de greve.

"Gerou insatisfação. Mesmo assim os trabalhadores aceitaram negociar caso as empresas desistam de descontar o salário pelos dias de greve. O Seturn (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos e Passageiros do Município do Natal) não quis diálogo", diz Batista.

Muitas pessoas aguardam por ônibus nas paradas nesta manhã em Natal (Foto: Rafael Barbosa/G1)Pessoas ficaram sem ônibus na manhã desta
quarta (Foto: Rafael Barbosa/G1)
PM vai agir
Notificada judicialmente pelo TRT, a Polícia Militar vai impedir a obstrução das garagens das empresas. O comandante-geral da PM, coronel Francisco Araújo Silva, solicitou o envio de policiais militares para garantir a entrada e saída dos motoristas e cobradores que não tenham aderido à paralisação.

A decisão do presidente do TRT, desembargador José Rêgo Júnior autorizou o uso de força policial para que os ônibus voltem a circular. A determinação para que os motoristas e cobradores encerrem a greve tem respaldo da decisão judicial proferida nesta terça-feira (24) em que o TRT declarou a abusividade da paralisação dos rodoviários. Em greve desde o dia 12 de junho, a categoria teve o dissídio coletivo julgado no mesmo dia.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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