sábado, abril 05, 2014

Equipe da TV Liberal é agredida por policiais militares em manifestação

 Blog Cidade News ItaúO repórter Márcio Lins e o cinegrafista Jairo Lopes, da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, foram agredidos com socos por policiais militares na manhã
deste sábado (5). A equipe havia se deslocado para a rodovia BR-316 para cobrir mais um dia de manifestações dos soldados e cabos que reivindicam aumento de salário para a categoria, quando foram cercados e agredidos por manifestantes. Segundo a associação de policiais e cabos, a agressão foi feita por pessoas infiltradas nos protestos.


Desde a sexta-feira (4) a TV Liberal acompanha o protesto, ouvindo a população, prejudicada pela falta de mobilidade na principal rota de entrada e saída de Belém, além do governo e dos manifestantes, que desde ontem tentam intimidar as equipes de reportagem.

O cinegrafista Jairo Lopes foi golpeado pelas costas e teve o equipamento danificado. Márcio Lins chegou a ficar inconsciente após o ataque. A equipe seguiu para a seccional de polícia da Cidade Nova para registrar a ocorrência. De lá, seguem para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para exames.
Sindicato condena violência
O sindicado dos jornalistas repudiou a ação dos agressores. "O sindicato entende a manifestação de policiais, apoiamos as manifestações deles, mas não pode tolerar que trabalhador agrida trabalhador. Os jornalistas estão nas ruas para mostrar a realidade. Este episódio é triste e revoltante", disse Sheila Faro, presidente do sindicato.
Por telefone, o sargento Aelton Costa, da associação dos militares, disse que a agressão foi feita por pessoas infiltradas na manifestação. "Quando acontece um movimento destes, são muitos os agentes que querem se infiltrar no movimento para destruí-lo. O movimento é legítimo, mas as pessoas infiltradas querem acabar com a mobilização. Eles não são policiais, foram pegos e conduzidos para fora do movimento. Inclusive, quem deu o apoio para a equipe foram os militares. Trouxemos eles para cá e demos a primeira assistência", informa.
Apesar de ter informado que os agressores foram identificados, o sargento deixa claro que o grupo que teria sido responsável pela agressão não foi encaminhado para uma delegacia, como deveria ser conduzido qualquer suspeito de crime semelhante. "A gente discutiu com a classe. Ficamos preocupados de levar para a delegacia e criar mais um problema para o movimento", conclui.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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