segunda-feira, janeiro 13, 2014

Mulher com problemas mentais foi estuprada 60 vezes em hospital

Blog Cidade News ItaúA vítima, de 40 anos de idade, foi molestada por mais de um ano pela equipe.

A mesma equipe que deveria cuidar,
zelar e proteger seu bem-estar, foi a responsável por um crime bárbaro com nuances revoltantes.

A paciente, que possui problemas mentais, foi estuprada mais de 60 vezes por um trabalhador de cuidados especiais do hospital psiquiátrico e apelidada entre os enfermeiros com o desrespeitoso nome de “playground de predadores”.

A mulher, com nome fictício de Catherine, disse: “Os doentes mentais são os mais vulneráveis na sociedade, em termos de abuso sempre nos desacreditam. É um campo farto e aberto para abusadores”.

O hospital, ao saber e ter provas do caso, disse que pagaria indenização como uma forma de “compensar” todo o mal causado por seus funcionários.

Inacreditavelmente, o agressor evitou ser preso depois de ter a pena suspensa. Ela comentou em entrevista à Rádio BBC de Londres que o agressor foi a primeira pessoa que ela conheceu na clínica: “Depois de uma semana, ele entrou no meu quarto e começou a passar as mãos em minhas coxas”.

Ela comenta que muitas vezes não tinha forças para gritar ou tomar qualquer atitude, por estar dopada de medicamentos tranquilizantes e soníferos. Catherine ainda comentou que se sentia ameaçada, pois qualquer tentativa de revolta poderia soar como “uma piora em seu quadro mental”.

Após isso, o abuso tornou-se mais regular: “Era manipulação total. Eles diziam que esse era o único caminho para eu sair dali”.

“Eu estava desolada. Você não tem muita coisa para fazer. Ele ia ao meu quarto todas as noites para abusar de mim. Mas, quem é que vai acreditar que um doente mental está falando a verdade contra um membro da equipe?”, questionou.

Perguntada pela BBC se suspeitava que alguém do hospital sabia de tudo, ela disse: “Eu suspeito fortemente. Não posso acreditar como é que algo poderia ser tão frequente e ninguém ter visto”.

A polícia indiciou o enfermeiro em 4 acusações de abuso sexual. Ele foi sentenciado a 12 meses de cadeia, decisão suspensa por dois anos. O juiz ainda determinou que ele nunca poderá trabalhar com pessoas vulneráveis e que pague indenização de R$ 360.000 para Catherine.

O caso só veio à tona agora, e a Kent e Medway NHS and Social Care Partnership Trust não quis comentar o caso por alegar que o incidente é muito antigo.

Reprodução Cidade News Itaú

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