sexta-feira, agosto 30, 2013

Vereadora que forjou o próprio sequestro renuncia pouco antes de sessão de cassação no PR

A vereadora Ana Maria de Holleben (atualmente sem partido, ex-PT), de Ponta Grossa (116 km de Curitiba), renunciou ao mandato no fim da manhã desta sexta-feira (30), poucos minutos antes do início da sessão da Câmara que votaria o pedido de cassação contra ela. Ana Maria é acusada de forjar o próprio sequestro em janeiro deste ano para não participar da eleição da Mesa Diretiva do Legislativo.

A sessão foi aberta presidente da Câmara, Aliel Machado (PC do B), que anunciou o pedido de renúncia da vereadora. Após a declaração, a sessão foi suspensa. O suplente Nilson Ribeiro (PT) deve assumir o cargo. A data da posse ainda não foi definida.

Ana Maria era investigada por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) havia oito meses. A comissão concluiu que ela quebrou o decoro parlamentar por agir de forma premeditada ao não ter comparecer à primeira sessão do ano, mas nenhuma punição havia sido definida até então.

Ana Maria foi procurada pela reportagem para comentar o caso, mas não foi localizada.

O caso
Segundo a Polícia Civil, com a ajuda de assessores, a vereadora forjou o próprio sequestro no dia 1º de janeiro, logo após a cerimônia de posse.

De acordo com as investigações, não queria participar da primeira sessão que elegeu a Mesa Executiva, que aconteceria depois da cerimônia.

Logo após reaparecer, no dia 2 de janeiro, Ana Maria foi presa por falsa comunicação de crime e fraude processual, mas liberada uma semana depois. Encaminhada para uma clínica psiquiátrica na capital paranaense, ela ficou internada por um mês alegando estafa mental.

Apesar de não confessar o crime, Ana Maria fez um acordo no início de junho para não responder pelos crimes. A medida, que está prevista em lei, foi aplicada porque quando somadas, as penas não dariam mais de um ano de prisão.

Em contrapartida, ela deve se apresentar ao Fórum Estadual de Ponta Grossa todos os meses, não pode frequentar bares e casas noturnas, viajar por mais de oito dias sem autorização judicial prévia e também, cometer outro crime. Os outros quatro denunciados de terem participado do sequestro forjado também cumprem as mesmas medidas.

No mesmo mês, Ana Maria foi expulsa do PT após um parecer da Comissão de Ética do partido. Ela era filiada à sigla desde 1984.

Reprodução Cidade News Itaú

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