O ex-corregedor geral da Polícia Civil do Amapá, delegado Plínio Roriz, afirmou que dentro da corporação existem agentes traficando drogas e protegendo traficantes. Os casos estariam sendo praticados por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE).
“Na delegacia estava acontecendo tráfico de drogas pelos policiais. Ora, se some drogas em grande quantidade é porque ela vai voltar para o crime. E também policiais protegendo traficantes, recebendo dinheiro”, declarou Roriz, em entrevista à TV Amapá, após conceder coletiva à imprensa na quarta-feira (28).
Plínio Roriz foi exonerado do cargo de corregedor-geral da Polícia Civil, em agosto de 2013, após suposto envolvimento com um empresário que seria o mandante de 6 homicídios em Macapá. Segundo um documento do Ministério Público, de julho de 2013, os dois apresentavam diálogos.
Além de falar de denúncias sobre agentes, o ex-corregedor informou de suspostos crimes praticados dentro da Delegacia Geral de Polícia Civil.
“Temos [casos] que envolvem a administração passada, onde resultaram em fortes indícios de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Foram originados vários procedimentos administrativos, processos e inquéritos. Na sexta-feira vão ter audiência de instrução e julgamento (…) Quase todas as pessoas que tinham cargo na delegacia geral estão sendo responsablizadas por vários tipos de crimes”, declarou o delegado.
Roriz referiu-se ao ex-delegado geral de Polícia Civil do Amapá, Paulo César, que terá audiência nesta sexta-feira (30). Ele é acusado pelo Ministério Público (MP) de “montar esquema” para contratar uma empresa por R$ 263 mil para ministrar um curso de formação aos delegados aprovados no concurso público de 2010. Segundo o MP, o ex-gestor teria assinado diversos documentos autorizando o pagamento do contrato antes do início dele.
Para o ex-corregedor, os investigados colaboraram para a saída dele da corregedoria. Plínio Roriz assumiu nesta quinta-feira (29) a Delegacia Especializada de Investigações de Atos Infracionais (DEIAI).
“Eu tenho absoluta certeza. Eles continuam tentando denegrir a minha imagem porque estou fazendo o meu trabalho normal de investigação”, destacou Roriz.
Do G1 AP, com informações da TV Amapá
Reprodução Cidade News Itaú
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