segunda-feira, agosto 19, 2013

Secretaria suspeita de síndrome respiratória em morte de garoto no RN

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal já tem duas hipóteses sobre a causa da morte do menino Heitor Robson de Lucena, de 6 anos, que faleceu no último domingo (18) no Hospital Papi após ser internado no sábado (17) com dores de cabeça e febre. De acordo com a chefe da Vigilância Epidemiológica do Município, Aíla Marôpo, as suspeitas são de que o garoto tenha sido vítima de uma síndrome respiratória aguda grave, provocada por um tipo de Influenza (vírus da gripe), ou de uma dengue.
"Já trabalhamos com essas duas hipóteses. As sorologias foram encaminhadas ao Laboratório Central de Referência do Estado (Lacen). Acreditamos que em 15 dias teremos o resultado dos exames", explica a chefe do setor de Vigilância Epidemiológica.

A causa da morte do garoto ainda é desconhecida. A responsável pelo controle de infecção do hospital onde Heitor foi internado, Rosângela Moraes, informou que ele apresentava um quadro de insuficiência respiratória aguda grave de evolução fatal. O médico responsável pelo caso, Kléber Luz, colheu um fragmento do pulmão de Heitor para realização de uma análise.

O desconhecimento sobre a causa da morte de Heitor causou polêmica. Nas redes sociais e pais de alunos da mesma escola onde o menino estudava começaram a questionar se ele teria contraído alguma bactéria na escola. Boatos de que outros dois alunos do Colégio CEI Romualdo Galvão estariam internados com infecções causadas por bactérias também surgiram. O Colégio CEI Romualdo Galvão emitiu nota onde lamentou a morte de Heitor e informou que, após consultas a infectologistas, as aulas não seriam suspensas.

A nota do Colégio CEI informava que "o aluno frequentou as aulas até sexta-feira passada, 16/08, participando normalmente das atividades, sem sintomas aparentes de enfermidade. Apresentou os primeiros sintomas na madrugada do sábado, sendo levado para o hospital e falecendo na madrugada seguinte; não há nenhum indício de que a bactéria tenha sido contraída no ambiente escolar”.

Escola onde Heitor estudava emitiu nota ainda no domingo (Foto: Matheus Magalhães/G1)Sobre a polêmica de que Heitor teria contraído a bactéria no colégio, o CEI lamentou que “informações distorcidas, que circulam nas redes sociais”, tenham causado apreensões e insegurança aos pais. “Mantivemos entendimento com pediatras e infectologistas e não tivemos nenhuma recomendação de cancelamento das atividades escolares. Estamos em contato com as autoridades sanitárias para qualquer recomendação que se faça necessária e à disposição dos senhores para outros esclarecimentos”, informou o colégio.
De acordo com a diretora da escola, Maria Lucia Andrade, esta segunda-feira (19) registrou ausência de cerca de 20% dos alunos. Heitor era aluno do 1º ano vespertino. Na sala onde ele estudava, dos 21 alunos, apenas 8 compareceram às aulas nesta manhã. Para o turno da tarde, a escola comunicou que os alunos terão acompanhamento psicopedagógico.
Heitor foi sepultado na tarde deste domingo, no cemitério Morada da Paz, em Parnamirim.

Reprodução Cidade News Itaú

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