terça-feira, agosto 27, 2013

MP fala em dissolução da Gaviões, mas pede ajuda da torcida

O Ministério Público Estadual vai pedir, mais uma vez, a dissolução da Gaviões da Fiel em decorrência da briga com vascaínos no último domingo, em Brasília. Em entrevista coletiva, o promotor responsável pelos direitos do consumidor detalhou as ações que o órgão tomará para tentar coibir a violência, mas alertou que precisa da ajuda da organizada.

"O ideal não seria a extinção da torcida, mas alguma medida que tivesse mais efetividade para responsabilizar a pessoa física. A Gaviões presta serviços à comunidade, faz ações de fomento à cultura, à educação, mas isso não pode se confundir com a prática de atos ilícitos. As torcidas precisam ajudar a si mesmas, identificando os culpados. Sem a ajuda delas fica difícil, é como se imperasse uma lei do silêncio", disse Roberto Senise.

A Gaviões faz parte de um grupo de mais de 50 organizadas que assinou, em 2011, um termo de ajustamento de conduta com o Ministério do Esporte e o Ministério Público. Esse documento prevê a aplicação de uma multa de R$ 30 mil à torcida em caso de descumprimento do acordo, que dá diretrizes de segurança em jogos de futebol.

A maior torcida organizada do Corinthians já cometeu alguma dessas infrações em pelo menos duas oportunidades desde a assinatura do TAC. Na primeira vez, o MP pediu a execução do documento e a aplicação da multa de R$ 30 mil, um processo que ainda corre na Justiça.

Posteriormente, em 2012, a Gaviões se envolveu em uma briga com a Mancha Alviverde, do Palmeiras, que resultou em dois mortos antes de um clássico. Por conta desse episódio, o MP abriu uma ação civil pública pedindo a dissolução das duas organizadas, em um segundo processo que também está em andamento.

Agora, por conta da confusão do último fim de semana, outras duas medidas serão tomadas. Senise diz que irá estudar melhor o caso e pedirá a execução da multa. Além disso, também promete abrir uma nova ação civil pública cobrando a dissolução da organizada. O problema é que, nos dois casos, a vitória na Justiça não deve resolver o problema. 

Reprodução Cidade News Itaú

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