domingo, junho 16, 2013

Na capital é ruim? No interior é pior!

A escassez de médicos no interior é situação comum em todo país. No Rio Grande do Norte, os médicos que atuam fora da Região Metropolitana de Natal têm vínculos em pelo menos em três cidades diferentes, segundo estimativa do Cremern. Quando encontrados nas unidades básicas ou mistas de saúde, são de clínica geral e recebem em média salários de R$ 7 mil, para atuar no Programa Saúde da Família, e em torno de R$ 1 mil a R$ 1,2mil por plantões de 24 horas.  

A TN visitou cinco cidades das regiões Agreste e Trairi, na última quinta-feira (13), que não conseguem fechar o quadro de pessoal. Em Lajes Pintada, Santa Maria e Coronel Ezequiel as solicitações de dois médicos, cada, do Provab não foram atendidas. Em São Tomé, dos cinco pedidos, apenas uma contratação. Nestas cidades, as brechas na escala são compensadas com encaminhamentos a hospitais de cidades vizinhas, como Santa Cruz. Somente em São Tomé a TN encontrou médico na unidade.

O não adesão, explica a coordenadora estadual do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), Uiacy Alencar, ocorre por falta de interessados ou por que alguns gestores entenderam o programa como um adicional de médicos, quando na verdade funciona como forma de repor equipes de estratégia de Saúde da Família que estejam desfalcadas. 


“Não é um plus, é reestruturação, é para cobrir as lacunas deixadas por profissionais que saíram do PSF e precisa que  coincida o interesse de o Estado, os municípios e os médicos ao Programa”, disse.

Mesmo com 61% dos municípios que pediram médicos não sendo atendido, Alencar considera a adesão bastante positiva se comparada ao ano anterior e admite ser necessário maior divulgação junto ao público-alvo. “É uma resposta eficiente a escassez de médicos, que em geral permanece apenas 4 meses no cargo e com o contrato de doze temos maior continuidade do programa”, pondera.

A supervisão e avaliação dos médicos recém-formados contratados pelo programa, que estão atuando desde março, cabe à  UFRN e UERN. “O Prova promove a qualificação do atendimento de saúde e para os novos médicos”. 

Atualmente, há cadastradas junto ao Ministério da Saúde, em todo o Rio Grande do Norte, 868 equipes de PSF. Por estar participando de evento em Poço  Branco, a coordenadora não conseguiu levantar para a TN, quantas delas estão sem médicos e qual a necessidade de formação de novas equipe, mas assegura: “o RN não consegue, com o PSF, a cobertura de um médico para cada um mil habitantes”, afirmou.

Reprodução Cidade News Itaú

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