terça-feira, março 12, 2013

Thor Batista não vai a interrogatório sobre homicídio de ciclista no Rio


Thor e Luma de Oliveira deixam o Tribual de Caxias (Foto: Isabela Marinho / G1)
Thor Batista não compareceu ao interrogatório nesta terça-feira (12), na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O advogado do filho do empresário Eike Batista, que responde a processo por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – pela morte de um ciclista, atropelado por ele na Rodovia Washington Luís em março de 2012, apresentou um laudo médico justificando a ausência de Thor. Uma nova audiência foi marcada para 25 de abril.
Segundo o assessor da juíza Daniela Assumpção, na segunda-feira (11) ela deferiu um pedido do Ministério Público para que fosse feito um novo laudo pericial que atestasse mais uma vez a velocidade do veículo na hora do atropelamento.
A promotoria já apresentou ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) os quesitos necessessários para a elaboração do novo laudo. Os advogados de defesa também têm que apresentar os mesmos dados, em prazo de até cinco dias. Com base no material, o ICCE conclui o laudo em 15 dias.
No dia 27 de fevereiro deste ano, a Justiça do Rio aceitou o pedido da defesa e afastou o perito criminal responsável pelo laudo que atestava que Thor dirigia  em alta velocidade no momento do acidente: 135Km/h. Também foi revogada a medida cautelar que suspendia a carteira de habilitação do filho do empresário.

'Violação da imparcialidade'
Segundo o Tribunal de Justiça, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Caxias, reforçou a decisão da 5ª Câmara Criminal que anula o documento elaborado pelo perito. De acordo com a decisão, Hélio Martins Junior “não deverá mais manifestar-se nos autos”. Na semana passada, os desembargadores já tinham votado a favor da defesa de Thor, que alegou que o laudo violava a imparcialidade.
Na decisão, a juíza frisou que o perito teve, por mais de uma vez, contato direto com o Ministério Público. Isso já seria capaz de “suscitar dúvidas sobre a sua atuação como auxiliar da Justiça neste processo”. Daniela Barbosa ainda argumenta que essa relação, entre o perito e a promotoria, “constitui ofensa aos princípios da igualdade processual, do contraditório e da ampla defesa e, bem certo, ao devido processo legal constitucional”.
Entenda o caso
Na noite do dia 17 de março de 2012, Thor Batista atropelou e matou um ciclista que cruzava a Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, passava de bicicleta pela pista sentido Rio, na descida da serra, e foi atingido pelo carro do filho do bilionário, uma Mercedes-Benz SLR McLaren prata, placa EIK-0063, ano 2006.

Imagem do acidente com o carro de Thor Batista (Foto: Nicson Olivier/Divulgação)

Reprodução Cidade News Itaú

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