| Atlético-MG |  | 2 | x | 1 |  | São Paulo |
Um estádio lotado. No gramado, jogadores experientes, entre eles campeões mundiais pela seleção brasileira. Esse era o cenário de Atlético-MG x São Paulo em Belo Horizonte, no primeiro duelo brasileiro na Libertadores 2013. Mas o jogo, eletrizante na maior parte do tempo, começou a ser decidido ironicamente num momento de bobeira da zaga são-paulina. Ronaldinho Gaúcho, atento, aproveitou e serviu a Jô para dar início à vitória por 2 a 1 do time mineiro pelo grupo 3 do principal interclubes sul-americano.
O vacilo paulista teve início quando houve paralisação do jogo para atendimento ao atleticano Júnior César, machucado. Nessa breve pausa, Ronaldinho Gaúcho se aproximou de Rogério Ceni dentro da grande área, tomou um gole de água e ficou por ali mesmo. Com o reinício de jogo autorizado rapidamente, o camisa 10 ficou sem nenhuma marcação, à frente da linha de zagueiros, e recebeu a bola vinda de uma cobrança de lateral - não há impedimento nesse tipo de jogada. Sozinho, ele cruzou para Jô que, no meio de dois são-paulinos, empurrou para abrir o placar.
Depois de tomar um baile no primeiro tempo, o São Paulo ainda reagiu na etapa final e viu Victor fazer uma excelente defesa em tentativa de Luis Fabiano. O Atlético-MG, no entanto, foi mais eficiente. Ronaldinho Gaúcho fez outra bela jogada e colocou na cabeça de Réver. O zagueiro subiu nas costas de Rhodolfo e definiu a vitória. Aloísio ainda fez um gol aos 38 minutos e Ganso teve ótima chance quase no fim, mas o São Paulo teve que engolir a derrota fora de casa.
O time paulista volta a entrar em campo pela Libertadores contra o The Strongest, no dia 28 de fevereiro, em casa. A agenda, porém, coloca três jogos pelo Paulista antes da competição internacional. Ituano, São Caetano e Linense serão os rivais. O Atlético-MG joga no dia 26 de fevereiro contra o Arsenal de Sarandí, fora de casa. Antes, a equipe de Cuca tem desafio pelo Mineiro, diante do Araxá, no próximo domingo.
O Atlético-MG começou o jogo em um ritmo alucinante, semelhante à festa proporcionada pela sua torcida no ambiente do pré-jogo. A zaga do São Paulo, sem conseguir reagir muito bem à intensa movimentação do ataque mineiro, já viu Rogério Ceni fazer uma boa defesa aos 6 minutos, com cabeçada de Jô, vinda após cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho.
A dupla voltou a funcionar alguns minutos depois e, dessa vez, não deu chance ao goleiro são-paulino. Em um erro incrível, o camisa 10 do Atlético-MG ficou sozinho na grande área, recebeu a cobrança de lateral e tocou para Jô, que entrou na área disputando espaço com dois zagueiros. Mesmo assim, ele levou a melhor e empurrou a bola para mexer no placar. A curiosidade do lance fica por conta de Ronaldinho ter pedido um gole de água para Ceni e, por isso, acabar "esquecido" pela marcação após a batida rápida da lateral.
O gol não diminuiu o ritmo dos donos da casa. Bernard, aberto pelos lados do campo, explorava as subidas de Paulo Miranda e Bruno Cortez e dava muito trabalho para os adversários. Foi com ele que Ceni precisou trabalhar de novo em um chute da entrada da área, após lindo drible do garoto em cima de Wellington. No rebote, Tardelli ainda desperdiçou a chance de ampliar o placar.
Na saída de campo, Ceni evitou achar culpados pela falha, mas não escondeu sua irritação por considerar que este era um jogo de “risco zero”. Ronaldinho, por sua vez, disse que o pedido de água e o “migué” não foram propositais.
Os times voltaram sem substituições para o segundo tempo. Os são-paulinos apostavam que levariam a melhor por estarem mais bem preparados fisicamente. Logo no início, Osvaldo fez Victor trabalhar pela primeira vez com um chute pela direita. Para tentar manter a pressão, aos 12 minutos, Ney Franco tirou Paulo Miranda, amarelado por falta em Bernard, e colocou Aloísio, recuando Douglas para a sua função original.
A pressão realmente aumentou com a mudança. Em uma disputa de bola de Aloísio, a bola sobrou para Luís Fabiano, que ficou cara a cara com Victor. O camisa 9 optou por chutar com força e viu seu rival fazer uma excelente defesa, comemorada como um gol pelos torcedores.
Desesperado, Cuca gritava a todo momento por um reforço na marcação do camisa 9. Além disso, tirou Diego Tardelli e colocou Luan para renovar o sangue atleticano. Ney respondeu com as entradas de Maicon e Paulo Henrique Ganso. O ex-santista não combateu Ronaldinho Gaúcho praticamente no seu primeiro lance dentro de campo. O camisa 10 atleticano fez boa jogada, cruzou na cabeça de Réver e definiu a vitória dos donos da casa. Aloísio ainda descontou o placar após boa jogada de corpo, mas a reação parou por aí.
Reprodução Cidade News Itaú
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