sexta-feira, janeiro 04, 2013

Legista famoso acredita que morte de fisiculturista tenha sido homicídio


George Sanguinetti acredita em homicídio (Paulo de Sousa/DN/D.A.Press)
O médico legista George Sanguinetti acredita que possa se tratar de um homicídio a morte da fisiculturista de Osasco (SP) Fabiana Caggiano Paes, 36 anos. Ela passava férias em Natal com a família e morreu no hospital. A família afirma que ela caiu no box do banheiro do hotel em que estava hospedada no último dia 27 de dezembro e teve problemas respiratórios. Uma análise pericial do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), porém, apontou que ela sofreu asfixia mecânica.

Famoso por ter participado da defesa dos Nardoni e ainda ter atuado em Natal em favor do assassino da menina Maísla Mariano, George Sanguinetti emitiu sua opinião sobre a morte da fisiculturista após ter lido matéria publicada pelo DN Online. Por e-mail, ele enviou suas impressões tiradas após ler as declarações feitas pelo delegado Frank Albuquerque sobre o que foi até então apurado nas investigações. Segue abaixo a opinião do legista:

"Se o médico legista do Itep encontrou sinais de asfixia em redor da região cervical (pescoço), se foram equimoses ou escoriações, evidente o homicídio. Se havia hemorragia da traquéia tenho certeza que o perito verifi cou o osso hióide, cartilaginoso, situado entre a base da língua e a faringe, muito elucidativo quando há asfixia mecânica. Quanto as lesóes pulmonares não me pronuncio pois é uma citação genérica mas, não encontradas em alguém que caiu no box. Poderia emitir um parecer conclusivo, sem ônus, se recebesse cópia do laudo do ITEP, de exames realizados quando hospitalizada.  Concluo no momento, com os elementos divulgados, que o quadro médico-legal descrito não se justifica, por uma queda no box. É morte suspeita e a etiologia jurídica deve ser esclarecida pelas autoridades".

Quanto a suposição de que Fabiana Paes tenha morrido em decorrência da suposta queda que sofrera no box do banheiro do hotel, Sanguinetti pondera: "A queda do box poderia produzir contusões da cabeça ou contusóes da coluna cervical. Para o quadro grave que se instalou, se decorreu por queda, haveria obrigatoriamente hematoma ou fratura de crânio, ou das primeiras vértebras cervicais e ao chegar ao hospital, haveria sinais neurológicos  ( de localização ), indicando , já no exame físico, se real a queda , se a área encefálica atingida determinaria sinais de asfixia, o que indicaria ação traumática no tronco encefálico, impossivel , no meu entendimento pela localização do bulbo , ponte, hipotálamo. Exames realizados no hospital, como radiografias, tomografia, vão compor o corpo de delito indireto, se necessário esclarecer a etiologia jurídica da morte".

O delegado Frank Albuquerque aguarda a conclusão do laudo cadavérico feito na fisiculturista pelo Itep. Segundo ele, a previsão dada pelo órgão é de que o documento fique pronto dentro de uma semana.

Entenda o caso:

A Polícia Civil investiga a causa da morte da fisiculturista Fabiana Caggiano Paes, de 36 anos, que estava em Natal e morreu de forma misteriosa na última quarta-feira. Segundo o delegado que investiga o caso, Frank Albuquerque, a polícia trabalha com as linhas de acidente ou de homicídio.

Segundo depoimento do marido identificado como Alexandre, o casal estava hospedado no último dia 27 em um hotel no Tirol, quando Fabiana teria entrado para tomar banho e após cerca de 15 minutos o marido teria ouvido um barulho da queda e encontrou a esposa desmaiada debaixo do chuveiro e com o box trancado.

O marido então teria quebrado o vidro e tentado reanimar a esposa, mas não conseguiu e teria acionado a recepção do hotel que chamou uma equipe do Samu. Fabiana então foi entubada e encaminhada para um hospital particular, mas após cinco dias não resistiu e morreu.

Porém segundo o delegado, a perícia realizada pelo Itep apresentou indícios de uma possível asfixia mecânica, o que pode caracterizar um homicídio. “Segundo a perícia foram encontrados sinais de lesão no pescoço e no pulmão, como se tivesse sido pressionado, além de haver hemorragia na traqueia”, contou o delegado.

Fonte: DN Online/Cidade News Itaú

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